KOMALA!
Por Vasco Fenita
“Que a chama do Natal se mantenha sempre acesa e as ofertas sejam permanentes. Em suma: que o Natal não seja apenas um dia, mas uma vida inteira!”
Este o teor, quase literal, da sugestiva mensagem que a minha caçula me enviou ontem, e que eu me permito reencaminhar a todos os concidadãos, na intenção fervorosa de que os corações empedernidos e hipócritas se transfigurem e sejam, de facto, mais sensíveis e generosos.
Votos dum Bom Natal !
* * *
A cidade de Nampula regurgita de gente. Dos mais variados extractos. Em estonteante azáfama. Paralelamente, as artérias extravasam de viaturas. E os comerciantes formais e informais (em que, obviamente, se incluem os designados vendedores de rua) não têm mãos a medir. E descarada ou subrepticiamente, vão, também, alongando as ganâncias insaciáveis aos bolsos, já de si, minguados do povoléu, extrapolando os preços de tudo quanto a soberana oportunidade lhe propicia. Não obstante as repetidas ameaças das autoridades incumbidas de conter essa enraizada e abominável tendência especuladora.
Mas, o cenário não se confina à cidade-capital da província. Replica-se nos demais pontos da província. Até com maior acuidade. Obviamente. Porque os freios fiscalizadores são mais frouxos nessas zonas recônditas. Rumores que nos chegam, dão conta de que, de facto, em muitos distritos tão pouco se faz sentir o efeito da apregoada “guerra sem tréguas” movida pelas entidades competentes contra os comerciantes inescrupulosos,
Que infringem deliberadamente as normas estabelecidas, açambarcando ou agravando (a seu bel-prazer, portanto sem justificação plausível) os custos dos produtos de necessidade básica.
Ou que, igualmente, se aproveitam da ocasião para impingirem aos consumidores incautos produtos fora de prazo ou, até mesmo, desprovidos do prazo de validade no respectivo rótulo.
Ao que consta, não há registo de défice palpável de produtos. Mas, em contrapartida, existem indícios de práticas especulativas. Logo , torna-se forçosa a admissão do pressuposto de alguma fragilidade no controlo que se propala estar a ser exercido com inexcedível rigor por quem de direito.
WAMPHULA FAX - 25.12.2007