Por Fernando Gonçalves, nosso enviado (texto) e António Muchave
A mensagem estava bem estampada na parede mas Thabo Mbeki, que até terça-feira era o Presidente do ANC, foi a única pessoa que não viu. Desde Junho do ano passado, quando Jacob Zuma foi absolvido num caso em que era acusado de ter violado uma mulher, e os seus apoiantes exigiram que ele retomasse o seu lugar como Vice Presidente do partido, Mbeki devia ter se apercebido de que qualquer coisa não estava bem, e que ele estava perante uma rebelião de proporções inimagináveis.
Todos os sinais estavam lá, e tornaram-se cada vez mais claros quando Zuma, apesar de enfrentar outras acusações de corrupção, decidiu desafiar Mbeki na posição de Presidente do partido.
Zuma parece ter estudado bem a lição e feito todos os cálculos para que na sua investida nada falhasse.
Ele sabia, por exemplo, que Mbeki não gozava de muita popularidade, tanto dentro do ANC, como no país em geral. Também sabia que o seu alvo ficaria na defensiva, a medida que se ia aproximando do fim do seu segundo e último como Presidente da República.
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