O Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto, na província de Inhambane, foi o primeiro a introduzir o sistema de apoio na gestão de zonas protegidas, chamado MOMS, em Moçambique.
A experiência revelou-se de grande utilidade para a administração local, que vinha usando um sistema não muito eficáz de monitorias, indicou-nos fonte da WWF Moçambique.
Segundo a fonte, a implementação do projecto contou com apoio de um grupo da WWF e envolveu a administração do parque, hotéis e estâncias turísticas locais.
O MOMS (Sistema de Monitoria Orientada para Fins de Gestão) foi inicialmente implementado em Namíbia, através da adaptação do Event Book System , um sistema local de gestão para fins de conservação.
“O MOMS não é uma ferramenta de pesquisa, mas sim de uso regular mais detalhado e menos complexo para fins de monitoria. Através do MOMS, os administradores de zonas protegidas têm a possibilidade de decidir sobre que espécies ou áreas deverão ser monitoradas para uma
melhor gestão” explicou-nos a fonte do WWF Moçambique.
Segundo o nosso informador, o sistema pode ser utilizado para o registo e monitoria de inúmeras actividades, desde a pesca artesanal, desportiva, incidentes com animais, controlo de espécies especiais e contra actividades ilícitas.Numa primeira fase, embora se tenha registado uma fraca participação por parte de muitos dos operadores turísticos locais, o processo decorreu normalmente, tendo sido identificados todos os constrangimentos referentes à adaptação do mesmo dentro do Parque, e posteriormente recapitulados todos os módulos e esclarecimento de dúvidas ainda existentes.
“Importa destacar a grande colaboração prestada pelos fiscais do Parque, que diariamente recolhem dados, e em particular aos operadores turísticos que continuam a demonstrar um grande interesse em participar no
sistema e torná-lo assim mais eficáz” acrescentou.
Edmundo Chaúque - diário do país - 29.01.2008