Será que, 5 anos depois, Yà-qub Sibindy voltaria a escrever "tudo" isto?
Partido PIMO
Prefácio
Conheça a árvore pelos seus frutos! Esta análise foi elaborada quatro meses depois da realização das eleições gerais de Dezembro de 1999, ganhas pela Frelimo e seu candidato, Joaquim Chissano, publicamos Diagnosticando Moçambique no semanário Savana, com o objectivo de provocar um debate público sobre as questões que aqui levantamos, porém, a Frelimo e a Renamo não tugiram nem mugiram.
Três anos depois, muita coisa ficou provada do que dissemos no nosso “Diagnosticando Moçambique”. Fizemos a legenda antecipada de imagens que agora correm na tela da política nacional. Após a realização das ultimas eleições autárquicas de 2003, pudemos ver a olhos bem vistos a instrumentalização do processo democrático moçambicano pela dupla da Frelimo, Joaquim Chissano e Armando Guebuza e seu “irmão” da Renamo, Afonso Dlakhama.
O objectivo desta publicação, é de chamar a atenção do eleitor que exerça um voto consciente para não ter que eleger moçambicanos saqueadores das riquezas do País, do Estado moçambicano e indivíduos que vêm oprimir e explorar outros moçambicanos em nome da democracia e economia de mercado que permitem a dirigentes enriquecerem-se a partir de processos obscuros da criação de patos nos seus quintais, como ousam declarar publicamente, acrescentando que não podemos ter medo de ficar ricos.
Joaquim Chissano não deveria deixar o poder sem que tenha esclarecido em que circunstancias Samora Machel encontrou a morte ou mesmo ajudar a esclarecer a morte de Eduardo Mondlane visto que era secretário particular e chefe do departamento de segurança do movimento guerrilheiro.
Para dissipar as dúvidas que ainda pairam sobre as pessoas, sabe-se que na altura em que Samora Machel perdeu a vida Armando Guebuza tinha relações antagónicas com o presidente da República. Por isso, Guebuza deveria ter um pesadelo ao tentar sentar-se sobre o cadáver de Samora Machel – concorrer às eleições presidenciais - antes de concluir o inquérito e tornar público os resultados da comissão de inquérito que ele próprio ainda chefia, para esclarecer as causas e circunstâncias em que ceifaram a vida do primeiro Presidente de Moçambique.
Armando Guebuza semeou luto em muitas famílias moçambicanas com a sua famigerada operação produção. Desterrou muitos moçambicanos para terras distantes donde acabaram sendo petiscos para leões e leopardos, por isso, deveria ser desqualificado pelas suas vitimas e mortes que andou a semear. Não podemos permitir o povo a legitimar através do seu voto políticos que se confundem com mãos assassinas.
Afonso Dlakhama deveria ter a vergonha na cara ao querer concorrer pela terceira vez consecutiva para a Ponta Vermelha, depois de ter perdido já duas vezes, de forma premeditada, planificada e consentida por ele próprio. Afonso Dlakhama está a burlar as expectativas do povo que confia num homem que não tem na sua agenda governar Moçambique e muito menos adestrar a oposição ao regime.
Apelamos ao povo para não perder tempo em apostar num cavalo sem dentes. Afonso Dlakhama não é um cavalo de corrida, por isso, a sua presença na pista da corrida eleitoral é só para atrapalhar e frustrar o eleitorado. Está a criar um espaço para o “irmão” dele da Frelimo ganhar as eleições e ele vir fingir chorar junto do povo que lhe roubaram mais uma vez os votos. Afonso Dlakhama faz-se passar por um choramingão e não é um político de mão cheia, tal como o julgávamos que fosse.
Face a esta calamidade política devida a ausência de um poder eficiente e de uma oposição séria, apelamos que seja criada uma frente comum de forças políticas e Sociedade Civil para forçarmos mudanças e alternâncias credíveis ao poder requeridas pelo povo. O eleitorado não pode continuar a ser objecto de jogos políticos por partidos que têm agendas estranhas a cumprir. O país não pode continuar a ser manietado por políticos que olham mais para si e suas barrigas que para o povo.
O povo não deve confiar em políticos que lutaram, desenfreadamente, para o dizimar. Os carrascos não devem permanecer ou voltar ao poder em nome da democracia que eles próprios negaram, negam aos seus concidadãos e obstruem a sua efectivação. Aqui estão explanados os motivos que podem abrir um espaço para a existência de uma terceira força que venha quebrar a bipolarização política e consolidar a democracia.
Maputo, Dezembro de 2003
O Presidente do Partido e Candidato à Presidência da República
Yà-qub Sibindy
Leia em:
Download partido_pimo_diagnosticando_moambique_2003.doc
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