Canal Opinião: Noé Nhantumbo, Bula bulas, bastidores e outros
Não queremos enveredar pela via do puritanismo ou da pureza discursiva nem muito menos pretender que somos detentores da verdade absoluta e suprema.
Inquieta-nos sim que vozes adultas vindas de gente pensante teimem em apresentar factos destorcidos e longe da verdade. Consideramos perigoso que se faça um discurso de normalidade quando esta não existe. Julgamos contraproducente e má assessoria que se induza governantes em caminhos já trilhados e que a seu tempo mostraram ser de prejuízo evidente para os moçambicanos.
Consideramos ser uma demagogia perigosa e por vezes criminosa que se passe o tempo procurando, com uso de um molequismo aberto, desviar a atenção dos governantes moçambicanos ora elogiando-os ora besuntando-os de manteiga de cobra.
É simplesmente irresponsabilidade histórica que órgãos de informação pública pautem por uma abordagem da realidade como se de avestruzes se tratasse, escondendo a cabeça na areia. Os fundos públicos devem servir para muito mais do bajular dirigentes com almoços na Serra da Estrela e fazer disso demonstração de que as coisas estão andando muito bem e em boas mãos.
Reportar exemplos de boa governação é necessário quando esse é o caso.
Ignorar a razão das pequenas erupções de violência social é semear tempestades de vulto que decerto mergulharão o país num ambiente turbulento que não interessa aos moçambicanos. O tempo é escasso quando se trata de encontrar soluções que tornem Moçambique num país em que os seus cidadãos assumam a sua realidade e trabalhem para encontrar soluções abrangentes e de impacto positivo visível para todos.
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