Em Nacala-a-Velha
- Assegura Primeira-Ministra, Luísa Diogo
A Primeira-Ministra de Moçambique, Luísa Diogo, garantiu esta Quarta-feira, em Nampula, que o mega-projecto de refinaria de petróleo de Nacala-a-Velha pode considerar-se já uma realidade, sublinhando que o facto que irá pôr termo as constantes subidas de preços daquele combustível líquido.
As obras de construção daquele que irá, sem dúvida, perfilar entre os maiores empreendimentos económicos
da zona norte, irão arrancar dentro em breve, devendo durar cerca de cinco anos.
Sem precisar os montantes envolvidos no referido projecto, aquela dirigente revelou que o governo moçambicano concluiu a primeira fase das negociações com os respectivos parceiros, entre os quais se destaca um consórcio multinacional, que se mostrou empenhado em injectar o investimento necessário para a rápida concretização do importante empreendimento.
De acordo, ainda, com a Primeira Ministra, o governo moçambicano teve, na semana passada, uma reunião com o consórcio, durante a qual foram concluídos determinados parâmetros do projecto e reafirmado o empenhamento dos respectivos investidores.
O Estado moçambicano e o mercado secundário de capitais vão demonstrar o seu interesse no momento certo. Sublinhou Diogo, acrescentando que torna-se agora importante tranquilizar as populações que a refinaria de petróleos em Nacala-a-Velha é já uma realidade, e que ela irá proporcionar um considerável número de postos de emprego, sobretudo, para a população local.
Entretanto, foi já concluído o estudo de viabilidade na Bacia do Rovuma, cujos resultados indicam haver disponibilidade de recursos para a exploração de petróleo líquido.
Acerca dos constantes aumentos de preço dos combustíveis, que afectam, sobremaneira, os transportes semi-colectivos de passageiros, Luísa Diogo disse que, enquanto se aguarda pela entrada em funcionamento da refinaria de petróleos de Nacala-avelha, o governo moçambicano decidiu atribuir aos ditos “chapas” uma
compensação que se traduz numa redução nos custos de aquisição dos combustíveis líquidos, uma medida
que irá beneficiar numa primeira fase aos transportadores de semicolectivos urbanos.
Até agora a situação está controlada, o que ficou é uma questão que tem a ver com a organização interna dos transportadores, devido a existência de alguns operadores de semi-colectivos não filiados.
Frisou a governante, precisando que a medida é extensiva para todas as províncias do país.
Referiu, igualmente, que o governo criou já um sistema de controlo para que os não licenciados não tenham igual benefício dos que se encontram filiados na Organização dos Transportadores.
Frisou que, com as referidas medidas, os “chapas” urbanos não terão mais problemas relacionados com os
custos dos combustíveis
O sector dos transportes é uma componente social muito importante porque garante a circulação de pessoas e bens, e contribui para o combate à pobreza absoluta em que todos estamos empenhados. Vincou, a concluir, a Primeira Ministra.
WAMPHULA FAX - 29.02.2008