A RECONSTRUÇÃO da linha de Sena, que neste momento se encontra na sua fase crucial, tendo já sido reconstruídos 183 quilómetros, está já a mexer a vida da população residente nos postos administrativos, localidades e distritos por onde passa, fazendo assim renascer a esperança de muitas famílias que ainda vivem traumatizadas devido aos 16 anos de guerra que não só dilacerou o tecido humano, como também destruiu infra-estruturas sociais e económicas, como aconteceu com esta via ferroviária.
Maputo, Quinta-Feira, 28 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Várias comunidades das zonas mais longínquas dos pontos acima referidos, do lado da província de Sofala, por onde as obras iniciaram, assumem aquela via como de vital importância, acreditando que os meios que se vão empregar nesta via poderão mudar as suas vidas. A nossa Reportagem, que recentemente percorreu os 183 quilómetros por onde passou a linha, manteve contactos com a população, tendo as mesmas relatado histórias que, resumidas, nos fazem chegar à conclusão de que o comboio está intrinsecamente ligado às suas vidas.
Uma anciã que travou um diálogo com a nossa Reportagem disse mesmo que por falta de comboio o seu modo de vida ficou afectado durante um período de aproximadamente 30 anos.
A anciã, que vive próximo da vila de Derunde, no distrito Muanza, disse ter deixado de visitar a cidade-capital de Sofala, Beira, desde que a linha férrea foi destruída.
A linha de Sena, que o Governo de Moçambique entre outros benefícios também a considera de vital para criar mais investimentos ao longo do vale do Zambeze, é para a população uma via que pode criar oportunidades para demonstrar o que valem.
António Chipapo, residente da zona de Mazamba, em Cheringoma, disse que a linha férrea de Sena lhe fez sentir que pode ser útil à sociedade, não só no ramo de agricultura.
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