Maputo, Quinta-Feira, 28 de Fevereiro de 2008:: Notícias
O ESCRITOR moçambicano Mia Couto acaba de ser galardoado em Espanha com o Prémio Rosália de Castro. O galardão, atribuído pelo Pen Clube da Galiza, consagra em cada dois anos quatro escritores mundiais cuja obra possua notoriedade internacional.
O prémio contempla quatro línguas distintas: castelhano, catalão, basco e, na língua portuguesa. Este ano a sétima edição do prestigiado prémio contemplou o romancista e poeta moçambicano, tratando-se da primeira vez que o galardão é atribuído a um africano.
Para além de Couto, os outros galardoados foram Joan Margarit, em catalão; Álvaro Mutis, em castelhano e Jon Kortazar em basco.
O presidente do Pen Clube, Luís G. Tosar, anunciou que “ninguém melhor que Mia Couto para receber o galardão”.
Em edições anteriores deste galardão foram premiados escritores de fama mundial, como os portugueses José Saramago, Lobo Antunes e o brasileiros Ruben Fonseca e Nelida Piñon.
A cerimónia de entrega dos prémios decorrerá em Setembro, na capital da região espanhola da Galiza, Corunha.
No ano passado Mia Couto ganhou mais uma das várias distinções (de que as sucessivas edições de seus livros são o primeiro elemento), o Prémio União Latina de Literaturas Românicas, na sua 17ª edição. Trata-se de um dos prémios da União Latina, instituído em 1990 pela União Latina, uma organização intergovernamental sediada em Paris, que reúne trinta e cinco Estados que têm uma língua neolatina como língua oficial, ou cujas manifestações culturais e cívicas se realizem numa língua neolatina, numa singular convergência de critérios linguísticos, culturais e ideológicos.
Mia Couto foi o primeiro africano a ser distinguido com este prémio.