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Posted on 25/02/2008 at 21:18 in Sociedade | Permalink | Comments (0)
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Graça Machel em 2001
"É de medo que tentam amordaçar a verdade e as instituições feitas para servir a causa do Povo" (Graça Machel).
Em 2001, Graça Machel disse o seguinte, em homenagem à memória de Samora Machel, Carlos Cardoso e António Siba-Siba Macuácua, com texto registado no ex-jornal metical (n.º 1057 de 22 de Agosto):
"BAYETE COMANDANTES DA VERDADE E DA JUSTIÇA!
Samora, Cardoso e Siba Siba
Três homens de gerações diferentes
Três homens em trincheiras diferentes
Empunhando ferramentas diferentes
Porém o mesmo ideal: a Pátria e o Povo.
A mesma postura e a integridade, a honestidade, a entrega total e abnegada
E sobretudo a CORAGEM!
Batendo-se de peito aberto.
Com as mãos limpas!
A mesma morte: instantânea, brutal, mas uma morte que vos eterniza no pedestal de honra e glória que eu construí para Homens como vós, no imaginário do meu universo de sonho.
Vejo-vos irmanados nessa capacidade de se superarem como indivíduos, ao saberem conquistar e ganhar a dimensão de símbolos que não cabem no tempo e no espaço; mais importante ainda, símbolos a que o Povo se refere quando reafirma os valores que quer ver a guiar os destinos da nação.
Pudera alguns de nós ter metade da vossa Coragem!
Mas aqui e agora vos asseguro: a revolta é tão grande que já não cabe na concha do nosso silêncio deliberadamente preservado como de ouro.
E sei, vejo e ouço centenas de milhares de vozes a exprimirem a mesma revolta.
Estamos a romper a timidez que nos tentaram impôr. Finalmente!
Sabem uma coisa?
O meu instinto diz-me que os vossos assassinos morais tem mais medo de nós do que nós deles. Os vossos assassinos morrem diáriamente uma morte lenta na indignidade e infâmia das opções que fizeram.
É de medo que tentam amordaçar a verdade e as instituições feitas para servir a causa do Povo.
Quão "gatos escondidos com o rabo de fora". É ou não é, Samora?
Já estão encurralados. Por isso não hesitam em abater quem de forma tão vertical lhes recorda quão contados são os seus dias. Por isso tanta sanha na forma como alvejam aqueles que expõem o quanto traíram o Povo que haviam jurado servir.
Não vai tardar que eles se afoguem nas ondas da ira popular.
Bayete, comandantes da verdade e da justiça!O sacrifício das vossas vidas não é, de modo algum, em vão!
O exército do Povo está a reeguer-se.
Manuel de Araujo
www.manueldearaujo.blogspot.com
Posted on 25/02/2008 at 20:08 in Opinião | Permalink | Comments (6)
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O governo de Moçambique está a ultimar a introdução de medidas de simplificação do processo de investimento estrangeiro e de novos incentivos aos investidores, no âmbito das reformas em curso para tornar mais favorável a actividade empresarial no país.
Depois do recente lançamento de um ambicioso pacote de reformas destinadas a estimular a actividade dos agentes económicos privados, Aiuba Cuereneia, ministro do Planeamento e Desenvolvimento, avançou na semana passada em entrevista à agência Reuters que medidas de estímulo do investimento estrangeiro deverão permitir alcançar em 2008 um crescimento de 50 por cento nestes fluxos de capital, para 12 mil milhões de dólares.
`Esperamos atrair mais investidores este ano do que em 2007. Vamos oferecer incentivos fiscais atractivos e simplificar o processo de investimento, particularmente na agricultura, turismo e mineração´, afirmou o ministro.
No ano passado, o governo aprovou 192 projectos de investimento estrangeiro, no valor de 8 mil milhões de dólares, 10 vezes mais do que o registado em 2006. Os sectores das matérias-primas, indústria, agricultura e agro-indústria e turismo foram os principais destinatários do investimento directo estrangeiro.
Por províncias, as de Tete e Nampula receberam os volumes mais elevados de investimento, com 5 mil milhões e 1,6 mil milhões de dólares, respectivamente, sendo o primeiro relativo à exploração de carvão e o segundo à construção de uma refinaria no distrito de Nacala-a-Velha.
Entre os principais projectos captadores de investimento está a exploração petrolífera na bacia do Rovuma, norte do país, onde petrolíferas como a canadiana Artumas e a malaia Petronas estão a arrancar com os trabalhos de prospecção.
Também os projectos hidroeléctricos - em particular a nova barragem no rio Zambeze (Mphanda Nkua), concessionada à brasileira Odebrecht, e a construção da nova central de Cahora Bassa, a montante - deverão estimular o investimento estrangeiro, juntamente com o grande número de complexos turísticos em desenvolvimento.
Segundo o ministro Aiuba Aiuba Cuereneia, o crescimento do investimento será decisivo para que Moçambique alcance os seus objectivos de crescimento económico para este ano, de sete por cento do PIB, e de manter a inflação abaixo dos 10 por cento.
O governo tem programado para este ano um conjunto de reformas destinadas a simplificar a vida das empresas no país, que pretende tornar o mercado mais competitivo da África Austral até 2015.
Na última listagem dos melhores países do mundo para fazer negócios (Doing Business 2007), elaborada pelo Banco Mundial, Moçambique ganhou seis posições (para 134º, entre 178 países), em relação ao ano anterior, tendo sido dos mais aplaudidos no contexto africano.
O estudo avalia como particularmente positivas as reformas empreendidas no último ano nos domínios de abertura de negócios, protecção de investidores e obrigações contratuais, três das dez que pesam na avaliação final atribuída.
Entre os diversos aspectos considerados, o melhor no país do Índico, para o Banco Mundial, continua a ser o pagamento de impostos (33º lugar) e o comércio trans-fronteiriço (72º); o pior é o sistema laboral (162º).
O Memorando de Políticas Económicas e Financeiras, acordado entre Moçambique e o Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê para este ano a reforma das inspecções de actividades económicas e a simplificação do processo de licenciamento empresarial, sendo transferida a autoridade de emissão de licenças para os `balcões únicos´ nas diversas províncias, para acelerar os procedimentos.
Está ainda prevista uma nova lei de falências para o sector empresarial, a revisão dos procedimentos legais de importação e exportação e ainda ajustamentos ao sistema de reembolso de imposto.
macauhub - 25.02.2008
Posted on 25/02/2008 at 17:10 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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O Ministério da Agricultura de Moçambique deverá concluir até Junho próximo uma proposta de estratégia e quadro regulador sobre a produção de biocombustíveis no país, de acordo com o jornal Notícias, de Maputo.
O jornal adianta que um estudo de base foi já realizado para identificar as culturas susceptíveis de aproveitamento para a produção de biocombustíveis no país.
Para a produção de etanol foram identificadas a cana-de-açúcar, mapira (doce) e mandioca e para o biodiesel a jatropha, girassol, coco, soja e a palma africana.
Para além da proposta contendo a estratégia sobre esta matéria, que vai ser remetida à apreciação do Conselho de Ministros para análise e aprovação, foi também elaborado um guião de preparação de projectos de investimento para orientar os potenciais investidores.
Entretanto, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique está a liderar programas de pesquisa e transferência de tecnologias, sobretudo aos pequenos produtores, e outros que permitam atender às solicitações do esboço do sistema nacional de critérios de sustentabilidade.
Fontes do Ministério da Agricultura confirmaram que já foi atribuída uma área de 34638 hectares para grandes projectos de biocombustíveis, sendo 30 mil em Gaza, 1000 em Inhambane, igual número em Sofala e 2638 em Nampula.
O princípio estabelecido consiste em elaborar um zoneamento das áreas agrárias no país, de forma a permitir melhor decisão sobre os locais que podem se atribuídos para a produção de bio-combustivel e a fim de evitar conflitos de terra nem como reduzir impactos negativos na produção alimentar.
(macauhub) - 25.02.2008
Posted on 25/02/2008 at 15:10 in Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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- populares lincham quatro supostos malfeitores e invadem uma unidade policial, - polícia mata a tiro dois e fere mais de uma dezena de manifestantes
Seis mortos e cerca de vinte feridos, sete dos quais em estado grave, é o balanço preliminar causado por tumultos ocorridos na manhã de sábado último envolvendo a população e agentes policiais. O confronto que foi originado por disputa da posse de supostos cadastrados que estavam sob custódia policial, para além do banho de sangue provocou enormes estragos entre os quais destruições de montras dos estabelecimentos comerciais, interrupções de vias de acesso e paralisação da vida económica da capital provincial de Manica.
Dos óbitos oficialmente registados, quatro foram linchados pela população e dois foram vítimas de baleamento por parte dos membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) que alegaram que tal fruto da tentuiva de dispersar os manifestantes, que momentos após terem invadido e destruído a esquadra policial, caminhavam para assaltar a outra que na altura acolhia os detidos reclamados pelos populares.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=3387
Posted on 25/02/2008 at 10:09 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (2)
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Canal Opinião: Noé Nhantumbo, Bula bulas, bastidores e outros
Não queremos enveredar pela via do puritanismo ou da pureza discursiva nem muito menos pretender que somos detentores da verdade absoluta e suprema.
Inquieta-nos sim que vozes adultas vindas de gente pensante teimem em apresentar factos destorcidos e longe da verdade. Consideramos perigoso que se faça um discurso de normalidade quando esta não existe. Julgamos contraproducente e má assessoria que se induza governantes em caminhos já trilhados e que a seu tempo mostraram ser de prejuízo evidente para os moçambicanos.
Consideramos ser uma demagogia perigosa e por vezes criminosa que se passe o tempo procurando, com uso de um molequismo aberto, desviar a atenção dos governantes moçambicanos ora elogiando-os ora besuntando-os de manteiga de cobra.
É simplesmente irresponsabilidade histórica que órgãos de informação pública pautem por uma abordagem da realidade como se de avestruzes se tratasse, escondendo a cabeça na areia. Os fundos públicos devem servir para muito mais do bajular dirigentes com almoços na Serra da Estrela e fazer disso demonstração de que as coisas estão andando muito bem e em boas mãos.
Reportar exemplos de boa governação é necessário quando esse é o caso.
Ignorar a razão das pequenas erupções de violência social é semear tempestades de vulto que decerto mergulharão o país num ambiente turbulento que não interessa aos moçambicanos. O tempo é escasso quando se trata de encontrar soluções que tornem Moçambique num país em que os seus cidadãos assumam a sua realidade e trabalhem para encontrar soluções abrangentes e de impacto positivo visível para todos.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=3385
Posted on 25/02/2008 at 10:07 in Noé Nhantumbo - Uma opinião | Permalink | Comments (1)
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Filme de Licínio Azevedo
-«Hóspedes da Noite» é o título de um documentário da autoria do cineasta Licínio Azevedo. O referido documentário foi recentemente premiado na França. Não era para menos, porque «Hóspedes da Noite» é um verdadeiro retrato de quem tem no «Grande Hotel», situado na cidade da Beira, a sua residência, melhor a seu lar.
O documentário começa com imagens que mostram os tempos de ouro do «Grande Hotel». Retifico, o documentário começa com imagens mostram o «Grande Hotel» quando ainda era hotel.Porque há vários anos que o «Grande Hotel» deixou de ser hotel. Os hotéis não são, normalmente, lugares para uma vida sedentária nem sequer costumar ser lar de quem quer que seja. E o Grande Hotel é o doce lar de pelo menos 3500 pessoas. Pessoas essas que constituem muitas famílias. Pessoas essas que têm no «Grande Hotel» o seu abrigo contra todas as intempéries. Mesmo estando a mêrce dessa intempérie que leva o nome de doença. Porque o «Grande Hotel» não chega a ser um lar normal. Mas mesmo assim, é no «Grande hotel» que muitos nascem, vivem, amam, choram, sonham e também morrem. Porque em todos os lugares onde vivem pessoas morre-se. E no soberbo documentário de Licínio Azevedo está tudo isso está reflectido.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=11&idRec=3382
Posted on 25/02/2008 at 10:04 in Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (8)
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UM total de dez variedades de clones da cultura de mandioca, apuradas como sendo efectivamente tolerantes a doença de apodrecimento radicular serão lançados, ainda neste ano, pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), no circuito de multiplicação e produção. Trata-se de clones cuja investigação visando a sua descoberta durou mais de seis anos.
Maputo, Segunda-Feira, 25 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Constantino Cuambe, ligado à área de investigação de tubérculos no IIAM em Nampula, que revelou o facto, acrescentou que a descoberta desses clones foi possível com a colaboração dos institutos internacionais de culturas tropicais da África e América Latina.
Os referidos clones provêem do cruzamento de outros clones produzidos nas repúblicas de Tanzania e do Quénia, que revelaram não somente ser efectivamente tolerantes ao ataque de doenças que afectam a mandioca como igualmente sendo de alta produtividade, um elemento-chave para que os produtores obtenham rendimentos para garantir a segurança alimentar.
Sublinhou que a aposta no cruzamento de variedades nacionais com outras daqueles países de África, surge da constatação de que os clones de Tanzania e Quénia usados nas investigações, têm alto teor de resistência às doenças, o que foi objecto de aproveitamento para obtenção de maior segurança do tipo de cultura a praticar.
“O horizonte das investigações é de fazer com que a cultura da mandioca deixe de ser tão somente para o consumo alimentar como eleva-la a um patamar ainda alto ou seja de cultura de rendimento porque as projecções da indústria panificadora constam a inclusão da farinha da mandioca no fabrico do pão, num esforço visando reduzir a dependência do trigo no fabrico de pão pois, o mercado internacional regista uma tendência de encarecimento do custo de aquisição”, disse ele.
Constantino Cuambe precisou que estão neste momento em curso esforços da parte do IIAM e seus parceiros visando a mobilização de fundos para custear o processo de multiplicação de estacas das dez variedades tolerantes a doenças. O processo de multiplicação será conduzido ao nível dos distritos produtores da mandioca, seguindo-se a entrega aos camponeses, facto que vai acontecer na próxima época agrícola.
Os clones recentemente descobertos com características de tolerância às doenças que atacam o tubérculo, ainda não foram atribuídas às respectivas patentes de certificação segundo mandam as normas internacionais, uma responsabilidade que é do Instituto Nacional de Sementes que está a trabalhar nesse sentido.
A mandioca é um produto largamente consumido no país concretamente nas províncias do norte, onde as populações locais tomam-na como base devido a factores socioculturais, sendo que por qualquer razão registar-se um fracasso na campanha agrícola, a segurança alimentar fica comprometida.
Questionado sobre as variedades da mandioca em curso neste momento pelos produtores, nomeadamente nicuha, liconde, mulaleia e badje, tidas como tolerantes se vão permanecer no circuito produtivo, a fonte esclareceu que elas serão retiradas de forma gradual uma vez que a sua produtividade e tolerância não se podem comprar a dos clones ora descobertos.
Posted on 24/02/2008 at 23:01 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (3)
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COMEMORA-SE, este ano, o 40º aniversário do II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). Realizado em Julho de 1968 na região de Matchedje, distrito de Sanga, na província do Niassa, em plena luta armada de libertação nacional, o evento ficou também marcado pelo impacto transversal que as suas decisões tiveram no avanço da guerra, valendo-lhe, por isso, o baptismo como “o congresso da vitória”. Com vista a elevar o evento à dimensão da sua importância histórica, está em preparação a realização, de 25 a 28 de Julho próximo, de uma festa que se espera venha a arrastar para a pacata vila de Mathcedje, não só os membros e simpatizantes da Frelimo, como também muitos outros cidadãos que se identificam com a História de Moçambique. Mais do que um acontecimento político, a festa vai propiciar não só o convívio dos presentes entre si, como também destes com os factos de uma história recente, em construção, e que a todos interessa aprender, para poderem ensiná-la com maior autoridade.
Maputo, Segunda-Feira, 25 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Uma das preocupações da actualidade, é criar condições de acesso relativamente fáceis à vila de Matchedje, que se situa mesmo junto do rio Rovuma, a fronteira natural entre Moçambique e Tanzania. Segundo soubemos, a ideia é aproveitar o ensejo para levar à Machedje as facilidades que há muito espera: água potável, energia eléctrica, comércio, Saúde, Educação e todas as demais infra-estruturas que qualquer comunidade precisa para sentir a vida melhorar.
Sobre isto, o primeiro-secretário da Frelimo no Niassa, Salamanda Augusto Salamanda, diz mesmo que tudo está sendo feito para que, finalmente, Matchedje desfrute dos prazeres que a liberdade trouxe para os moçambicanos.
Leia em:
Download um_pretexto_para_refrescar_a_histria.doc
Posted on 24/02/2008 at 22:13 in História, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 24/02/2008 at 20:45 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (3)
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Percorreu toda cidade de Quelimane até “cair” nas mãos dos padres
Quando o líder da Renamo-União Eleitoral, Afonso Dhlakama, chegou a cidade de Quelimane, afim de realizar mais um encontro com os seus membros, tal como veio fazendo na Beira, Nampula e por ai fora, de repente as casas que têm acolhido este tipo de eventos, simularam que estavam ocupadas.
Desde a Casa Provincial de Cultura, Instituto de Formação de Professores, ex-IMAP, Cine Estúdio e outras
tantas. Isto porque, segundo fontes seguras, o líder da RUE não poderia ter espaço para realizar as suas actividades políticas. Grave situação que se vive em Quelimane.
Mesmo com dinheiro nas mãos, as diversas casas foram recusando os pedidos efectuados. Algumas porque
estão sub auspícios do partido no poder, outras porque os dirigentes seriam conotados como se fossem do
outro lado, como se tem dito.
Afonso Dhlakama, não viu outra saída. Foi “ajoelhar” aos padres católicos para que lhe cedessem algum espaço para reunir com os seus fanáticos, num seminário que tinha em vista preparar os seus membros para os próximos pleitos eleitorais. Foi o que aconteceu, o seminário da RUE realizou-se na zona do aeroporto no edifício da mesa São Francisco de Assis, pertencente aos padres Franciscanos. Este local nunca acolheu cenas políticas. O «DZ» sabe que ali vivem pessoas desfavorecidas que são acolhidas pelos padres.
Mesmo assim Dhlakama não desitiu
Depois de percorrer a cidade toda, embora com buracos, o líder da RUE não desistiu em realizar o seu encontro que era considerado como de capital importância para o seu partido. Os objectivos foram únicos.
Dotar nos diversos membros a capacidade de manterem-se vigilantes nos próximos pleitos eleitorais que o país vai realizar, isto para estancar segundo suas palavras os supostos roubos de votos que o partido no poder tem vindo a fazer. Por outro lado, Dhlakama, pretendia com este seminário, transmitir aos seus membros a componente liderança, visto que em muitos casos membros há que querem estar em frente dos processos sem antes terem o mínimo de liderança na cabeça.
“Roubo de computador, manobra dilatória da Frelimo”
-Reage Afonso Dhlakama
O «Diário da Zambézia» não perdeu a oportunidade em questionar o líder do maior partido da oposição neste país sobre o roubo do computador nesta província, quando faltam poucos dias para o término do processo de recenseamento eleitoral.
Este, igual a sí próprio, disse que “o roubo que se verificou é mais uma manobra dilatória da Frelimo”- rematou a fonte.
Por outro lado, o nosso entrevistado sublinhou que tudo isto só acontece na Zambézia, em que a Frelimo sabe que tem pouca gente que lhe confia. Para Dhlakama, é preciso que as populações saibam que este processo só está sendo manchado por irregularidades desde o primeiro dia. Mas de acordo com o líder da perdiz, o seu partido está atento a estas coisas. Num outro desenvolvimento, o nosso interlocutor sublinhou que não pensa voltar a guerra porque este período já lá se foi.
Falando sobre o dia dia da cidade de Quelimane, o líder da RUE diz que a situação é de lamentar, porque a cidade de Quelimane deixou de ter a beleza que tinha. Este diz que não se justifica que dentro da cidade uma viatura esteja enterrada. Com o dinheiro que é colectado pela edilidade, dinheiro este do povo algo deveria acontecer, porque este povo não merece este sofrimento. Ademais, o líder da perdiz sublinhou que a situação deve ser invertida, o povo dever fazer a devida justiça no dia das eleições.
(Artur Cassambay) - DIÁRIO DA ZAMBÉZIA - 25.02.2008
Posted on 24/02/2008 at 20:22 in Política - Partidos | Permalink | Comments (5)
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LIGA MOÇAMBICANA DOS DIREITOS HUMANOS
GABINETE DE EDUCAÇÃO CÍVICA E INFORMAÇÃO
Convite
O Gabinete de Educação Cívica e Informação convida à V.Excia a participar no debate público que terá lugar no próximo dia 27 de Fevereiro de 2008, 4ª feira, pelas 14:00, no salão da LIGA – Sede.
Tema: “Custo de vida: do baixo poder de aquisição aos protestos populares”
Oradora: Dra. Maria Alice Mabota
Moderador: Fernão Pengapenga
Agradecemos a presença e a participação da V.Excia.
Maputo, 22 de Fevereiro de 2008
Posted on 24/02/2008 at 20:01 in Sociedade | Permalink | Comments (0)
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Posted on 23/02/2008 at 13:06 in 25 de Abril de 1974, História | Permalink | Comments (0)
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Directores executivos do Fundo Monetário Internacional-FMI, que sexta-feira concluíram uma visita a Moçambique, alertaram para a necessidade de reduzir a pobreza e estimular a actividade empresarial para criar postos de trabalho.
Age Bakter, porta-voz da delegação, disse que o FMI reconhece que Moçambique ainda enfrenta grandes desafios, sublinhando que, apesar dos esforços das autoridades governamentais, os níveis de pobreza ainda são elevados, havendo, por isso, necessidade de desenvolver políticas viradas à criação de empregos e à melhoria da distribuição de rendimento entre as diferentes regiões do país.
Os directores executivos do FMI consideraram impressionante o crescimento da economia moçambicana, mas salientaram a necessidade de reduzir os custos da actividade empresarial e de apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, além da diversificação do tecido produtivo.
“Alargar às zonas rurais o acesso a serviços financeiros e eliminar constrangimentos de infra-estruturas, assegurando segurança energética, constituem passos importantes para apoiar o crescimento económico elevado e reduzir a pobreza de forma significativa”, considera o FMI.
O PAÍS - 23.02.2008
Posted on 23/02/2008 at 12:57 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (4)
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Dois indivíduos acusados de vários crimes, incluindo assaltos com recurso a armas de fogo e brancas, foram linchados hoje por populares enfurecidos na capital provincial de Manica, Chimoio.
Segundo a RM, um outro indivíduo, membro deste grupo de supostos criminosos, ficou gravemente ferido, tendo sido salvo mercê da intervenção policial. Uma mulher, que alegadamente albergava na sua residência o grupo de criminosos, igualmente escapou de linchamento, mas a sua habitação foi danificada pelos populares.
Há relatos de elevados danos materiais (em infra-estruturas) tanto económicos como sociais resultantes da acção de populares em fúria, alguns dos quais se confrontaram com agentes policiais.
A Polícia foi forçada a disparar para o ar, a fim de dispersar a multidão que afirma estar cansada dos assaltos protagonizados por criminosos. Durante parte considerável da manha de hoje, Chimoio esteve em alvoroço.
Refira-se que casos de linchamento de supostos criminosos têm ocorrido também na cidade da Beira, na vizinha província de Sofala.
O PAÍS - 23.02.2008
Posted on 23/02/2008 at 12:54 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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UM cidadão que em vida respondia pelo nome de António Chirindza, encontrou a morte ao ser carbonizado, por desconhecidos, no interior da sua viatura, de marca BMW, na última segunda-feira, a quatro quilómetros do posto administrativo de Goba, distrito de Namaacha, província de Maputo.
Maputo, Sábado, 23 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Não são conhecidas, ainda, as razões que teriam contribuído para este acto, mas a Polícia da República de Moçambique (PRM) presume que tenha se tratado de mais um caso de assassínio premeditado, protagonizado por pessoas de má-fé.
O porta-voz do Comando Provincial da PRM, Joaquim Selemane, afirmou que a Brigada Operativa daquele comando foi chamada, apenas, para examinar o corpo, o que acabou por facilitar a sua identificação.
Acrescentou que dado o estado em que se encontrava o corpo do malogrado, a Polícia ordenou o seu enterro no local da ocorrência.
Segundo Selemane, este caso faz parte de um conjunto de 25 casos criminais registados durante a semana que hoje termina, onde se destacam dois homicídios qualificados, igual número de ameaças de morte, cinco ofensas corporais, quatro roubos, nove furtos e um rapto de menor.
Este último caso deu-se no distrito de Marracuene, quando um indivíduo supostamente crises de perturbações mentais raptou uma menor de quatro anos de idade, não se sabendo, até aqui, quais eram as reais intenções do raptor.
A ocorrência foi denunciada por uma cidadã residente no Bairro de Jafar, no mesmo distrito, apelando para a rápida reacção das autoridades policiais, o que terminou com o resgate da criança.
Segundo ainda informações do porta-voz do Comando Provincial da PRM, seis cabeças de gado bovino foram recuperadas nas matas do posto administrativo de Changalane, distrito de Matutuíne. Contudo, ainda não é conhecido o proprietário dos animais.
No mesmo período, as autoridades policiais registaram a ocorrência de 18 acidentes de viação que tiveram como consequências sete mortos, quinze feridos graves e dez ligeiros.
Deste número de sinistros, catorze foram choques entre carros, dois atropelamentos a peões, um choque contra um obstáculo fixo e uma queda de passageiro.
A PRM, na província de Maputo, reclama a apreensão de seis viaturas e igual número de cartas de condução por diversas irregularidades nos próprios carros e seus proprietários ou condutores.
Posted on 23/02/2008 at 12:50 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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A Comissão Instaladora da Ordem dos Médicos de Moçambique (OrMM), convocou a Imprensa, ontem para anunciar que a 2 de Março próximo irá às urnas para eleger o seu primeiro Bastonário.
Maputo, Sábado, 23 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Com as candidaturas encerradas e em fase de campanha, apenas Aurélio Zilhão, ex-ministro da Saúde, concorre ao cargo. O anúncio foi feito por Fernando Vaz, Presidente da Comissão Instaladora, tendo apontado que o mandato do futuro bastonário irá vigorar até ao ano de 2012. O país possui pouco mais de 700 médicos, mas apenas 512 foram nos últimos meses recenseados.
Posted on 23/02/2008 at 12:43 in Saúde | Permalink | Comments (0)
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Fernando Paula Vicente
(Major-General da Força Aérea Portuguesa (Reformado))
Detesto o “politicamente correcto” dos tempos correntes: tem um cheiro a bafio, a corrupção moral e material, a União Nacional do Estado Novo. Timor e todo o processo por que passou desde a revolução de 25 de Abril de 1974 até à sua constituição como Estado independente, em 20 de Maio de 2002, e daí até à actualidade, constitui em Portugal um caso típico da prática dessa subserviente atitude mental do “politicamente correcto”, por parte de sucessivos governos, de todas as formações políticas e, mais grave ainda, pela quase generalidade da comunicação social que, na sua função de formadora de opinião pública, induziu até muitos portugueses - em alguns casos por falta de melhor informação e noutros por manifesto oportunismo político - a vestir-se de branco, sair à rua, acender velas e dar as mãos em intermináveis cordões humanos para derramar lágrimas de crocodilo por uma terra que uma grande parte, porventura, nem saberá bem onde fica.
É evidente que estão bem patentes na nossa lembrança acontecimentos dramáticos como o massacre de Santa Cruz e, posteriormente, a acção de destruição, de política de terra queimada, levada a cabo pelas forças indonésias e, sob a sua protecção, pelas milícias timorenses e, por isso mesmo, poder-se-á afirmar que, em sintonia com todo o mundo civilizado, aí sim, a totalidade da nação portuguesa, incluindo eu próprio, cidadão anónimo e contribuinte fiscal que nada deve ao Estado, não podia deixar de se indignar perante a barbárie dos acontecimentos. Lá como cá, sempre o povo sofredor!
Leia em:
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Posted on 22/02/2008 at 23:04 in História, Portugal, Timor Leste | Permalink | Comments (2)
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Por Fernando Manuel
NAQUELA madrugada chuvosa de finais de Fevereiro, sentados lado a lado na esplanada do GOA, figurávamos dois náufragos solitários tenazmente agarrados às suas tábuas de salvação: dois copos cilíndricos de base dura, cano curto dentro do qual tremeluziam cubos de gelo dentro de um líquido amarelo açafrão: uísque.
De tempos a tempos, um par de faróis tresmalhados de um carro tresmalhado levado por alguém ainda mais tresmalhado passava em frente pela faixa lateral arrancando revêrberos de cristal da água sobre o asfalto e, tão silenciosamente como surgia, assim se deixava engolir pela distância, a luz que rareava.
Silêncio.
Silêncio quebrado apenas pelo chicotear das bátegas da chuva de encontro ao asfalto, ao cimento do passeio, as copas lacrimejantes das acácias.
Ele virou-se para mim e disse, sem me olhar: “ sabe, mano: há muita gente que não acredita, mas a verdade é que sou muito tímido “.
Olhei para ele e quis que o meu olhar lhe dissesse: “ não gozes comigo, J.P”. Ele deve ter percebido porque, quase sem transição, passou a contar-me que uma vez, estando a abrilhantar as noites de um hotel em Windoeck, sob contrato, aconteceu detectar, todas as noites, entre os convivas, um “ monumento de mulher. Era uma mulata herero, por quem caí de beiço”.
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Posted on 22/02/2008 at 21:19 in Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
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Gouvea Lemos e Ricardo Rangel
A ortodoxia da Frelimo tentou durante muitos anos passar uma esponja sobre o jornalismo de qualidade e militância que se fez no tempo colonial. Títulos como A Tribuna e a revista Tempo foram de algum modo tratados com sobranceria e algum desde, passando-se ao lado da história e do percurso que estes títulos representaram. Pela pena do seu irmão Vítor Lemos, residente no Brasil, prestamos hoje homenagem no SAVANA a uma das referências incontornáveis do jornalismo feito em Moçambique na experiência efémera que foi A Tribuna por onde também passaram Ricardo Rangel, José Luís Cabaço e Luís Bernardo Honwana.
7 de outubro de 1962. Ao romper do dia, a data era saudada na redacção do jornal com brindes e hurras: estava sendo lançado o primeiro número da Tribuna em Lourenço Marques, capital de Moçambique. À frente de uma elite de jornalistas, e contratado com plenos poderes para criar algo novo na imprensa local, Gouveia Lemos via nascer, junto com o sol, a realização de um velho sonho. O dia começava abafado em Lourenço Marques. Gouveia Lemos (o nosso Veríssimo) abria a porta de casa exausto mas feliz. O sol despontava no oceano Índico, o bairro Bico Dourado ainda parecia dormir. Respirou fundo antes de entrar, olhou uma cesta com mantimentos na calçada junto à porta, deu dois passos no corredor escuro, quase se chocou com a negra Mamana Rabeca. Bom dia, Mamana, que cesta é essa aí fora? O homem deixou aí prás crianças, patrão. Que homem, Mamana? Não sei, patrão, é o homem da rua. Outra vez, o homem da rua – saiu murmurando Veríssimo.
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Posted on 22/02/2008 at 20:36 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Santo da casa quer voltar a fazer milagres
Por Eurico Dança, na Beira
Os profetas dizem que está ali o futuro da Renamo para os lados de Chiveve e não só. Esta semana em entrevista exclusiva ao SAVANA, Daviz Simango, um dos filhos do antigo líder histórico da Frente de Libertação de Moçambique, morto com requintes de malvadez pelos seus pares, confirmou o que já se vaticinava nos principais círculos políticos e em animadas conversas de cafés: vai candidatar-se a mais um mandato a presidente da Câmara Municipal da Beira. Pelo caminho, negou que seja um líder na forja para a futura liderança da Renamo, em substituição do autocrático Afonso Dhlakama e atribuiu tais “especulações” a alguns “oportunistas” que desejam distraí-lo a ele e ao actual líder da perdiz.
Daviz Simango, não obstante gostar de aparentar um recorte tecnocrático, não foge aos vaticínios de altos voos nas políticas nacionais do país. Quando se fala em mudança na RENAMO, muitos pensam em Daviz Simango, para alterar o estilo autocrático de Afonso Dhlakama e imprimir modernidade no partido que actualmente tem sob sua gestão cinco municípios.
Na entrevista com o SAVANA, Simango evitou fazer conjecturas de grande política, preferindo ir mais para um discurso mais humilde.
“Não existem alas dentro da Renamo, no sentido de eu ser o líder do partido. Digo isso porque eu sou membro daquele partido e participo em vários encontros possíveis. Portanto, internamente não se fala desse assunto senão da continuidade de Afonso Dhlakama como presidente do partido. E também a sua recandidatura às eleições presidenciais de 2009”.
Leia em:
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Posted on 22/02/2008 at 20:16 in Municípios - Administração Local - Governo, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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REGRESSARAM COM AMARGURAS GRAVES
Os 136 jovens finalistas do ensino superior em Moçambique envolvidos na terceira edição do projecto de férias desenvolvendo o distrito já regressaram à Maputo, com um fardo de amargura nas suas consciências, porquanto, foram discriminados, pois, as pessoas sentiam-se ameaçadas com a chegada de técnicos superiores, e alguns directores que deviam ser os principais encorajadores destes jovens, igualmente, “sentiam-se ameaçados”.
Revelaram os finalistas que “eles não olhavam muito para o contributo que nós poderíamos dar para o funcionamento das instituições”.
Estes jovens estiveram a trabalhar em três províncias do Centro e Norte do país, nomeadamente Tete, Zambézia e Nampula.
Entrevistados os jovens finalistas disseram que foram bem recebidos pelos governos locais mas algumas pessoas olhavam para eles como ameaça de quem vai “roubar” o seu lugar (emprego).
Esta situação, de acordo com os mesmos, fez com que nos primeiros dias do trabalho houvessem dificuldades, porque precisando de alguma informação útil não era facultada.
Depois de alguma “sensibilização” e convivência, as pessoas perceberam que os finalistas estavam lá para aprender mais e ajudar a resolver alguns problemas com base do conhecimento adquirido ao longo destes anos.
“. Nós íamos buscar e trocar experiências”, relatou Elias Mula, finalista do curso de Medicina, que esteve a
trabalhar na Província de Cabo Delgado.
“Apesar deste tipo de dificuldades, nós conseguimos fazer o nosso trabalho e acredito que ajudamos muito a melhorar algumas coisas no funcionamento dos distritos”, acrescentou, por seu turno, Angélica Zucula, formada em História, com especialidade em documentação, que esteve a trabalhar na Secretaria do Distrito de Chiúre, também em Cabo-Delgado.
Elias Mula, contando a sua experiência, referiu que a questão das vias de acesso é uma grande preocupação, uma vez que se corre grande risco de perder os pacientes durante a transferência deste de um ponto para o outro.
Mula contou que houve casos de doentes que tiveram que ser devolvidos quando estavam a ser transportados de um Posto para um Centro de Saúde, por causa das vias de acesso.
“É preciso melhorar as vias de acesso, porque nos casos de emergência a situação fica complicada e o paciente pode perder a vida. Tivemos um caso de uma paciente que estava em serviço de parto e devia ser transferido para um centro de saúde.
O paciente teve que ser encaminhado de volta ao Posto porque a via não estava em condições”, sublinhou Mula.
Este jovem disse ter se constatado igualmente que há fraquezas no trabalho de sensibilização das populações sobre a prevenção de doenças como a malária, HIV/SIDA, entre outras.
Segundo ele, a sensibilização, em tais locais, é feita apenas nas escolas e por um período muito curto.
“A população que vive no interior é maioritariamente analfabeta e não há trabalhos de sensibilização com essas comunidades do interior”, apontou a mesma fonte.
Outras constatações dos finalistas foram a falta de água potável, energia, professores, profissionais da saúde, entre outras dificuldades.
Em relação a falta de escolas, Angélica Zucula revelou que todos os graduados da 10/a classe no distrito de Chiúre ficaram sem afectação, porque não existem escolas que leccionam a 11/a e 12/a classes.
O projecto Férias Desenvolvendo o distrito, uma iniciativa da Associação dos Estudantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), que vai na sua terceira edição, já começou a dar frutos.
Um total de 63 jovens estão empregados em vários distritos do país graças a este tipo de iniciativas.
(Fátima Mimbire-AIM) - DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 19:53 in Municípios - Administração Local - Governo | Permalink | Comments (1)
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Os cerca de 600 trabalhadores sazonais que na sexta e sábado transactos protagonizaram uma greve laboral acompanhada de actos de violência na Açucareira de Xinavane já voltaram ao trabalho nos canaviais daquela firma localizada no território do distrito da Manhiça, Província de Maputo.
Fonte contactada, na tarde de ontem, pelo mediaFAX, confirmou que a Direcção da empresa e os trabalhadores estiveram reunidos na Quarta e ontem.
A Direcção da empresa não tem um pronunciamento oficial sobre as medidas que poderão ser tomadas depois das manifestações da semana passada, mas sabe-se que as conversações estão bem direccionadas e a empresa mostra vontade de fazer o aumento salarial, mas não nos níveis exigidos pelos trabalhadores.
Aliás, este posicionamento já tinha sido tomado pelos accionistas da açucareira no sentido de se rever o salário a partir de 1 Abril próximo.
Entretanto, por temer nova revolta dos trabalhadores, uma brigada da Polícia de Intervenção Rápida continua estacionada nas imediações da fábrica.
(F. Mbanze) - MEDIA FAX - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 19:21 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Trabalho - Formação profissional | Permalink | Comments (0)
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Não é uma disputa pelo continente
- Negociações começam dentro de semanas para a localização do quartel-general do AFRICOM
Numa tentativa de contrariar as inquietações levantadas pelos lideres africanos sobre a decisão do Presidente norte- americano, Jorge W. Bush, de 6 de Fevereiro último, de criar um novo comando militar americano para África, AFRICOM, a 30 de Setembro do ano em curso, os responsáveis americanos dizem que a decisão tem o seu valor estratégico a longo prazo e não pretende procurar militantes em regiões sem lei nem governo e não é sua finalidade proteger o petróleo, combater militantes islamitas ou contrariar o envolvimento crescente da China no continente africano.
Theresa Marie Whelan, Subsecretária Adjunta de Defesa dos EUA para os assuntos africanos, disse recentemente, em Maputo, que a importância de África é a razão que leva os Estados Unidos da América, EUA, a criar este novo comando unificado.
De acordo com Whelan, a ideia de criar o comando não assenta numa disputa pelo continente africano, tem vindo a evoluir há décadas e não é uma resposta a nenhum acontecimento recente, político ou militar.
Falando numa palestra , recentemente na capital moçambicana, Whelan, explicou que o AFRICOM tornará mais eficaz a interacção militar americana no continente. "O novo comando também integrará melhor o Departamento da Defesa com outras agências do governo americano e internacionais que trabalham em África", afirmou Whelan.
Uma declaração de missão para o novo comando unificado realça o trabalho com os países africanos para incentivar a estabilidade e ajudar e prevenir conflitos futuros. A proposta de declaração da missão diz em parte que o Comando Africano promove os objectivos de segurança nacional ao trabalhar com países africanos e organizações regionais para ajudar a reforçar a estabilidade e a segurança na "área de responsabilidade".
Questionada se o AFRICOM assinala uma expansão das operações militares anti terrorismo, Whelan respondeu, "este não é objectivo deste comando de forma alguma. Isto não tem a ver com a perseguição de terroristas em África".
Os responsáveis americanos esperam iniciar dentro de semanas as negociações sobre onde é que ficará situado o quartel-general em África. Contudo, essa decisão não deve ser tomada dentro de meses. Também, ainda não há uma decisão sobre o nível de tropas para o comando. Os quartéis-generais regionais americanos normalmente têm mais de mil homens, mas o AFRICOM está ainda na fase inicial de planeamento e não foram tomadas decisões sobre o modo como o comando será estruturado ou dotado em pessoal.
Refira-se que as tarefas do comando incluirão, entre outros, construir parcerias, apoiar agências do governo americano, cooperar em toda a região na área da segurança, aumentar as capacidades de combate ao terrorismo dos países parceiros, melhorar a ajuda humanitária, a ajuda e a resposta a desastres e, se necessário, realizar operações militares.
Contudo, as potências africanas não abonam a ideia criação de um novo comando militar americano para África, AFRICOM, alegadamente, por esta mostrar -se susceptível à importação de terrorismo para o continente.
(Daniel Paulo) - MEDIA FAX - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 19:17 in Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (2)
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Da Globalização e Harmonização Regional
-Adverte Prof. Manuel Araújo, Catedrático da UEM
No nosso país estamos em plena fase de integração regional, como parte do processo mais universal da globalização, que implica transformações profundas a diversos níveis de forma
a entrar no comboio, tentando escolher o melhor lugar possível.
Referiu Prof. Manuel Araújo, Catedrático da Universidade Eduardo Mondlane, em palestra proferida, ontem, subordinada ao título de “Novos Desafios da Universidade em Moçambique”, no âmbito da abertura do ano académico de 2008 da UniLúrio.
Ao observar que a nossa universidade não poderá ficar alheio a este fenómeno que constitui parte integrante da conjuntura da sociedade moçambicana, o orador sublinhou que a questão mais importante que se coloca à universidade actual consiste na sua adaptação às mudanças que a sociedade lhe exige, quer no que concerne à formação e garante, quer em relação à investigação que realiza.
Entretanto, anotou que este tipo de adaptações nunca foram fáceis para a universidade, não apenas pela complexidade das transformações, mas, também, pelo carácter algo conservador
da instituição universitária.
As mudanças que se têm produzido resultam, quase sempre, dum período de crise mais ou menos profundo da nossa instituição.
Leia em:
Download da_globalizao_e_harmonizao_regional.doc
Posted on 22/02/2008 at 13:18 in Ensino - Educação - Juventude | Permalink | Comments (1)
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Nos distritos de Malema e Ribáuè
A produção de tabaco na província de Nampula está a ser afectada, nos últimos tempos, em consequência do decréscimo da respectiva produtividade nas regiões tidas como tradicionais fomentadoras desta cultura de rendimento.
A título de exemplo, o distrito de Malema registou um decréscimo de cerca de 50 por cento, ou seja, enquanto na campanha passada (2006/2007) foram realizadas 1.072 toneladas, estima-se que apenas 588 toneladas daquela cultura de rendimento é que serão obtidas na campanha ora em curso, o que está a preocupar as autoridades.
José Varimelo, director provincial da Agricultura em Nampula, observou ao nosso jornal que a baixa de produtividade do tabaco tinha a ver com a recepção atrasada, por parte dos produtores, de fertilizantes e doutros insumos agrícolas provenientes da empresa concessionária que opera naquela área, o que terá afectado as projecções levadas a efeito.
De acordo com o nosso entrevistado, realizou-se, recentemente, um encontro em Malema que reuniu diversos operadores e autoridades locais, cujo objectivo assentou no debate acerca do futuro da concessão daquela cultura de rendimento no país e, particularmente, na nossa província.
O grande problema reside na capacidade do actual operador em relação à área concessionada. Porque parece a área é extensa demais para a sua capacidade. Afirmou Varimelo, acrescentando que no aludido “meeting” aventou-se a possibilidade das autoridades locais submeterem, ou não, uma proposta ao Ministério da Agricultura no sentido deste proceder a uma reavaliação das concessões de produção e comercialização do tabaco.
Por seu turno, o responsável distrital dos Assuntos Económicos em Malema, Tadeu Mariano, confirmou ao Wamphula Fax que o decréscimo da produção de tabaco naquela região prendia-se com factores de índole técnica, especificamente na importação e distribuição algo tardia dos insumos concedidos à título de crédito aos pequenos produtores daquele distrito.
É óbvio que este atraso traz consequências negativas para o desenvolvimento das plantas. Observe-se que estamos já em Fevereiro e essas plantas ainda não atingiram sequer um metro de altura. Para além de que não possuem o número de folhas suficientes que permita o início da respectiva colheita ainda no mês em curso. Explicou o nosso interlocutor, a concluir.
Refira-se que o distrito de Ribáuè, concretamente em Iapala, dos 33.383 hectares previstos para 2006/2007, apenas foram realizados 5.300 hectares, o que significou uma redução, em relação à campanha anterior (2005/2006), em mais de 71 por cento, conforme dados fornecidos ao nosso jornal pelo governo daquele distrito.
Os mesmos elementos apontavam que, em consequência da situação, registou-se uma significativa redução
das áreas de cultivo e do número de produtores que se dedicavam àquela cultura de rendimento.
WAMPHULA FAX - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 13:04 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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A União Europeia vai apoiar com 6 milhões de euros as associações de agricultores de Moçambique bem como a expansão dos serviços de micro-finanças para as zonas rurais, informou o jornal Notícias, de Maputo, citando comunicados da delegação da Comissão.
Um dos comunicados refere que programa de apoio às associações de agricultores, orçado em 4 milhões de euros, tem como objectivo geral garantir a segurança alimentar ao nível dos agregados familiares, promovendo o papel dos pequenos e médios agricultores para o desenvolvimento económico das comunidades rurais em Moçambique.
A duração dos projectos não poderá ser superior a 42 meses e que as subvenções não podem exceder 80 por cento dos custos do projecto e devem situar-se entre o montante mínimo de 50.000 Euros e o máximo de 400.000 euros.
“As actividades serão desenvolvidas em uma ou em várias províncias de Moçambique. Os requerentes podem concorrer individualmente ou em consórcio com organizações parceiras”, pode ler-se no comunicado da delegação.
Um segundo comunicado refere que a delegação da Comissão Europeia em Moçambique, em colaboração com o Ministério da Indústria e Comércio, lançou um convite para a apresentação de propostas para a realização do programa de apoio à expansão de serviços de micro finanças nas zonas rurais.
A iniciativa é igualmente financiada no âmbito do Programa Plurianual de Segurança Alimentar da Comissão Europeia em Moçambique, com um montante global indicativo de 2 milhões de euros.
(macauhub) - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 10:22 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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- Alegados desmandos na Direcção Provincial da Agricultura de Sofala levam funcionários a planearem manifestação no próximo dia 3 de Março, sob lema: Deus Acuda DPA-Sofala, sem tréguas, face ao relaxamento, passividade do Governador da Província, Alberto Vaquina e dos vários ministros “patetas” e “ambiopes” que já passaram pelo Ministério da Agricultura
Tudo indica que, definitivamente, o caos está instalado na Direcção Provincial da Agricultura de Sofala, sob liderança do “mano” Limba, como tem sido apelidado incluindo pelos próprios colegas.
Na sequência do alegado mau ambiente que caracteriza o funcionamento da instituição, O Autarca recebeu ontem uma informação indicando que terá lugar no próximo dia 3 de Março de 2008, na entrada principal do prédio Governo da Província de Sofala um insólito Abaixo Assinado dos funcionários, amigos e ex-colegas da Direcção Provincial de Agricultura de Sofala (DPA).
A mesma acrescenta que a manifestação se circunscreve no âmbito da Campanha Deus Acuda DPASofala,
sem tréguas, face ao relaxamento, passividade do Governador da Província, Alberto Vaquina e dos vários ministros “patetas” e “ambiopes” que já passaram pelo Ministério da Agricultura.
“Apelamos a todos tranquilidade, pois, procedimentos legais estão sendo acautelados e tratados ao pormenor” – acrescenta.
O objectivo principal inscrito para essa manifestação visa exigir a demissão do actual Director Provincial da Agricultura de Sofala. “Caro amigo, colega e/ou ex-colega da Direcção Provincial de Agricultura de Sofala, sabemos que está descontente com a forma como a DPA está sendo gerida, portanto, está convidado para a manifestação que tem como objectivo exigir a demissão do Mano Limba, Director Provincial de Agricultura de Sofala”.
Os promotores da iniciativa fazem questão de referir que o acto será televisionado e documentado, “pois, pretendemos, em Sofala, fazer uma revolução. Razão de o convite ser extensivo também à toda imprensa (falada e escrita)”.
Em curso, segundo ainda apurámos, decorre em paralelo o arrolamento/ cadastramento de irregularidades ocorridas na DPA, pela Inspecção Geral das Finanças (IGF).
Num texto bastante extensivo que não cabe nem em cinco edições deste diário, os mentores da manifestação referem que a Direcção Provincial de Agricultura de Sofala está moribunda e prepara-se par o velório a julgar por aquilo que são as suas obrigações como instituição e mais ainda para responder o apelo de ser a base de desenvolvimento do país.
Indica que o descontentamento, esse, reclamado, por outras vias, vai desde o agente de serviço, guarda, até aos engenheiros agrónomos que exercem algumas funções de hierarquia.
E explica que tudo começa com a troca de coelho por lebre. “Era já previsível e denunciado o carácter da lebre atribuída à DPA Sofala. Não nos admira. É o preço da indicação de figuras mediante afinidades, influencia, amiguismos” – salienta.
Trata-se de uma matéria bastante complexa e sensível, e que ataca de forma directa algumas figuras de proa do Governo.
O AUTARCA - 22.02.2008
Posted on 22/02/2008 at 10:08 in Municípios - Administração Local - Governo | Permalink | Comments (0)
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Nampula
A província de Nampula é ainda uma daquelas que preserva a prática da secular e tradicional cerimónia de iniciação, tanto para os rapazes como para as raparigas, ora designada por (E) Mwali. No entanto, a juventude actual está começando a protestar os ensinamentos ali adquiridos. Segundo apurou a nossa Reportagem em algumas unidades residenciais do município de Nampula, "os ensinamentos dados as raparigas nos centros onde prestam as tais práticas, que na casa das somos é bastante destrutivo, tendo em conta as actuais viragens da sociedade".
De acordo com Marilio de Jesus, "toda a rapariga quando vai ao (E) Mwali, sai estragada, porque as coisas que lá aprendem quando voltam para as suas casas perdem respeito aos irmãos mais velhos e até aos pais, porque sentem-se bastante crescidas para encarar seja o que fôr, quando na verdade não é nada disso".
O nosso interlocutor, vai mais além ao afirmar que "ali as raparigas aprendem como cuidar de um homem e mais nada" – disse, para depois acrescentar que "a outra coisa que lá são ensinadas é a terem mais do que um homem, o que quer dizer são ensinadas a terem três namorados, sendo o primeiro para dar dinheiro, o segundo que tenha uma boa prestação na cama (seja sexualmente potente) e o terceiro a quem lhe é reservado o respeito e o futuro"– desabafou.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=3376
Posted on 22/02/2008 at 09:57 in Antropologia - Sociologia | Permalink | Comments (0)
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A mina de pegmatite de Muiane, na província de Zambézia, centro de Moçambique, está há dez dias paralisada, devido a uma greve que levou à agressão a um dos directores enquanto outros se refugiaram em Nampula.
Os trabalhadores reclamam o pagamento de indemnizações correspondentes ao período que trabalharam quando a mina ainda era detida pelo Estado moçambicano, noticia o diário distribuído por fax e internet Mediafax, que cita o director provincial do Trabalho na Zambézia, Januário Soca.
Actualmente, a mina de pegmatite de Muiane é detida por um consórcio formado pelas empresas Euroexport, Tan Mining e Drusa, que declinam qualquer responsabilidade relativamente a compromissos assumidos com os trabalhadores antes da privatização da firma.
Na sequência dos protestos, um dos directores da companhia foi atacado na sua residência em Muiane, tendo sido amarrado, e outros responsáveis da firma encontram-se agora refugiados na província de Nampula.
A polícia não chegou a tempo de evitar a violência, devido ao reduzido efectivo na área, refere ainda o MediaFax.
O director provincial do Trabalho disse que uma equipa da sua instituição está a recolher informações junto dos trabalhadores e dos directores da firma, para ajudar a resolver o diferendo.
Januário Soca denunciou o alegado oportunismo de alguns grevistas, que nunca trabalharam na empresa mesmo na altura em que esta era detida pelo Estado, uma vez que tinham contractos com outras entidades que prestavam serviços à mina.
"Sabemos que há pessoas que nunca trabalharam para a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (a empresa estatal que geria as minas moçambicanas) e hoje estão a tentar tirar vantagem da situação. A nossa equipa está lá a analisar a situação de cada um dos trabalhadores", enfatizou Soca.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 21.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 23:55 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Trabalho - Formação profissional | Permalink | Comments (0)
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A empresa petrolífera canadiana Artumas deverá iniciar em Junho próximo a prospecção de hidrocarbonetos num dos blocos por si concessionados na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, de acordo com o sítio Zambézia online.
O Zambezia Online cita o director-geral da Artumas, Jerry Brix, para afirmar que em 31 de Março próximo será lançada a primeira fase que vai abrir cerca de 500 postos de emprego entre pessoal técnico e elementos da população das aldeias por onde passarão as linhas sísmicas.
Ainda não se fala de custos desta primeira fase, que dependem da avaliação a ser feita por uma outra empresa, mas foi já definido que os trabalhos de prospecção vão abranger 650 quilómetros na chamada zona 2D, da bacia do Rovuma, envolvendo os distritos de Palma e Mocímboa da Praia.
Prevê-se que as pesquisas sísmicas terminem em princípios de Novembro e a Artumas é a terceira companhia petrolífera a prospectar a bacia, embora tenha sido a única a fazê-lo em terra firme.
Operam na zona a norueguesa Norsk Hydro, desde há cerca de um ano, e a norte-americana Anadarko, desde 26 de Janeiro, bem como a italiana ENI, todas em "offshore".
(macauhub) - 21.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 23:47 in Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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A empresa LonZim anunciou quarta-feira em Londres ter adquirido uma participação de 79 por cento no Aldeamento Turístico de Macuti (ATdeM), na Beira, por 4,25 milhões de dólares.
A ATdeM é proprietária dos históricos hotéis Dom Carlos e Estoril localizados num terreno de 300 mil metros quadrados com uma frente de praia de 1,5 quilómetros, na Beira, no centro de Moçambique.
A LonZim, subsidiária do grupo britânico Lonhro para investimentos no Zimbabwe e no corredor da Beira em Moçambique, informou ainda que irá proceder à demolição dos dois hotéis a que se seguirá a construção de um hotel de luxo.
Os restantes 21 por cento da ATdeM ficarão na propriedade do Instituto de Gestão de Participações do Estado (Igepe), com 11,4 por cento, e do município da Beira, com 9,6 por cento.
A LonZim informou também ter acordado em pagar, até ao montante de 1,5 milhões de dólares, as dívidas e juros de mora devidas pela ATdeM às instituições do governo de Moçambique.
(macauhub) - 21.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 23:44 in Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (1)
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O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades diz acreditar que os donativos destinados às vítimas das cheias estão a ser desviados em vários centros de acomodação por meio da viciação das listas dos afectados, que permite a distribuição da ajuda.
A tese do INGC veio a ganhar terreno depois da detenção de duas pessoas no distrito de Caia, província de Sofala, alegadamente por estarem envolvidas na venda de produtos destinados às vítimas das cheias.
As populações daquela zona, interpeladas pela nossa Reportagem, dizem que são os próprios secretários de bairros e outros responsáveis locais que comercializam tais produtos. Acrescentaram que o saco de arroz de 50Kg é comercializado a preços que variam de 100 a 120.00MT.
O PAÍS - 21.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 23:40 in Ambiente - Ecologia - Calamidades | Permalink | Comments (1)
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ALGUMAS estradas recentemente reabilitadas, na capital do país, voltam a mostrar sinais de degradação que se caracterizam pelo ressurgimento de buracos no meio das faixas de rodagem, não obstante as obras não terem sido entregues ainda ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM).
Maputo, Sexta-Feira, 22 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Esta situação veio à tona com o início do tempo chuvoso, o que acabou revelando a má qualidade dos trabalhos que estão a ser efectuados, mesmo antes das obras serem concluídas e entregues ao dono.
Os sinais de degradação são notórios nas avenidas Paulo Samuel Kankhomba, Zedequias Manganhela, Fernão Magalhães, Alberto Massavanhane, Agostinho Neto, entre outras, onde também estão em curso obras de melhoramento dos sistemas de drenagem.
Recentemente, o vereador para área de Infra-Estruturas e Desenvolvimento no CMCM, Mário Macaringue, visitou as avenidas e ruas que estão a ser alvo de reabilitação, na capital, para se inteirar do actual estágio das obras.
Durante a visita, acompanhada por um grupo de jornalistas, o vereador constatou que as falhas são mais visíveis na resselagem das faixas de rodagem ou nos sistemas de drenagem das águas pluviais.
Macaringue teria dito que os trabalhos decorriam dentro dos prazos e os empreiteiros tinham ainda tempo para refazer as obras, por forma a que, findo o período marcado para a conclusão dos trabalhos, as estradas apresentem as características desejadas.
A empreitada, que está a ser levada a cabo pelo consórcio CMC-CETA, está orçada em cerca de 22 milhões e trezentos mil dólares norte-americanos. Está marcado para Agosto próximo o período de entrega das obras.
Ainda este ano, as autoridades municipais têm em vista a reabilitação da Avenida Nelson Mandela, estrada que liga a “Nacional Número 1” ao Bairro de Magoanine “C”, vulgarmente chamado Matendene, para além das obras de reconstrução da Avenida Sebastião Marcos Mabote, que já estão em curso.
Posted on 21/02/2008 at 23:22 in Municípios - Administração Local - Governo | Permalink | Comments (1)
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RESIDENTES do bairro de Laulane, na cidade de Maputo, vivem nos últimos tempos momentos de terror, devido ao recrudescimento de acções violentas protagonizadas pelos criminosos. A onda de criminalidade naquela zona é mais violenta na zona de “Dona Alice”, junto à linha férrea, onde a partir das 21 horas é quase impossível transitar.
Maputo, Sexta-Feira, 22 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Tal facto, segundo apurou o nosso Jornal junto dos residentes da zona, relaciona-se com a falta de iluminação pública em algumas ruas e pela ausência dos agentes da lei e ordem na patrulha nocturna, período em que ocorrem acções criminosa.
Moradores entrevistados pela nossa Reportagem foram unânimes em afirmar que a onda de criminalidade na zona aumentou drasticamente desde Novembro. Por causa deste clima os moradores dizem estar preocupados e explicam que a solução do problema passa, necessariamente, pela colocação de agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) capazes de devolver a tranquilidade ao bairro.
Segundo apurou o “Noticias”, o crime naquela zona residencial é caracterizado por agressões físicas na via pública, assaltos a residências estabelecimentos comerciais e violação sexual de mulheres, entre outros. Estes crimes, de acordo com as nossas fontes, têm acontecido na calada da noite ou nas primeiras horas do dia.
Justina Almeida, residente do bairro, aponta a zona da linha férrea como sendo o palco de agressões físicas e de violação sexual de mulheres que usam aquela via para chegarem às suas residências ou à Escola Secundária Nelson Mandela.
Presume-se que os crimes sejam protagonizados por indivíduos da mesma zona, dada a frequência com que acontecem.
Alfredo Macamo, um dos moradores daquele bairro, disse à nossa Reportagem que a maior parte dos assaltos é protagonizada por gente desconhecida que circula no bairro, na calada da noite, mas suspeita-se que em conivência com alguns residentes na zona.
Isabel José, também residente naquele bairro, disse ter sido vítima de agressão física, recentemente, tendo os criminosos lhe roubado todos os bens que trazia, inclusive sapatos e a bolsa. Na altura, a vítima regressava da escola Nelson Mandela, onde está matriculado.
Crimildo Macuvele disse igualmente ter sido vítima de assalto na mesma zona, por volta das 22 horas. Também lhe foram roubados todos os seus bens. “Este é só um exemplo, dentre vários outros actos criminosos que têm ocorrido no bairro de Laulane,”, ajuntou a fonte.
Posted on 21/02/2008 at 23:16 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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O PRESIDENTE do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, afirmou ontem em Maputo que o seu partido está confiante na vitória nos próximos pleitos eleitorais, e para tal contará com o apoio dos partidos liberais africanos.
Maputo, Sexta-Feira, 22 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Falando à imprensa momentos após a abertura da conferência da rede dos partidos africanos da orientação liberal, a decorrer em Maputo, Raul Domingos disse que a sua formação política inspira-se no PDS do Senegal, que passados 25 anos depois da sua formação e de luta pela democracia, alcançou o poder.
Explicou que o PDD formado em 2004, não espera ficar 25 anos na oposição, embora reconheça o trabalho árduo que tem pela frente para alcançar a Ponta Vermelha ou mesmo para conseguir representatividade no Parlamento nacional.
Segundo o presidente do PDD, a perseverança é a melhor arma para vencer as grandes batalhas.
Leia em:
Download pdd_confiante_na_vitoria.doc
Posted on 21/02/2008 at 23:07 in Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A Televisão da Galiza (TVG) apresentou, ontem, a série documental Terras de Acolá. Uma produção que o canal vai estrear a 1 de Março. Por cá, a RTP1 é a televisão responsável pela sua transmissão, por enquanto, ainda sem data de estreia prevista. Mas, "vai ser no princípio de Março, em horário nobre", garantiu ontem José Fragoso, director de programas da estação pública, durante a apresentação da série.
Terras de Acolá é "uma visão exterior sobre a realidade da nossa língua, sobre os nossos países", elogiou o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Luís Fonseca. Criticando que "entre os órgãos dos nossos países não tem havido muitas iniciativas deste género".
A série de documentários é constituída por 13 capítulos de 26 minutos cada. Ao longo de dois anos e meio, Luís Menéndez, director do documentário, percorreu os oito países retratados. No final ficou a sensação de que "é impossível agradecer por tantos frutos colhidos" e "a vontade de ficar mais tempo em cada lugar".
Três episódios de Terras de Acolá são dedicados a Portugal continental e um outro às ilhas atlânticas. O Brasil será tema de dois episódios, enquanto os países africanos lusófonos - Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe - vão ser apresentados num capítulo cada. Timor-Leste marca presença também num episódio. A série termina com um especial dedicado à Galiza e às relações galaico-portuguesas.
O director-geral da Companhia da Radio e Televisão da Galiza, Benigno Sanchéz, fez questão de sublinhar que este tipo de programa deve fazer parte do serviço público. "Como emissoras públicas que somos, temos o dever de informar mas, sobretudo, de formar e educar os cidadãos", disse referindo-se à TVG e à RTP. Quanto à colaboração com a televisão estatal portuguesa, Benigno Sanchéz explicou que é "o caminho para trabalhos conjuntos, um intercâmbio de programas muito importante".
Já Jesus Manuel Iglesias, director da TVG, revela existirem "muitas ideias com a RTP em cima da mesa e que não são coisas forçadas, são projectos que fazem sentido". "Queremos muito fazer coisas juntos", sublinha Jesus Manuel Iglesias (ver caixa).
Em relação à série, o director da TVG acredita que os espectadores portugueses podem pensar: "Nem parece coisa de galego." Contudo, para o responsável, "faz todo o sentido gastar dinheiro com um produção deste tipo, pois Portugal e a Galiza são dois países irmãos, com a mesma raiz linguística".
Além da emissão na RTP1, Terras de Acolá, vai ser transmitido posteriormente na RTP África e na RTP Internacional, "levando a série ao mundo inteiro", diz José Fragoso. "Queremos que isto seja um ponto de partida para um estreitar de relação entre duas televisões que têm uma grande proximidade", refere o director de programas do canal. Na sua opinião, as duas televisões públicas "devem trabalhar juntas sempre que isso possa ser útil às duas".
Esta não é a primeira parceria entre as duas estações. O concerto de homenagem a Zeca Afonso, idealizado pela TVG, que ocorreu no ano passado em Abril, foi o ponto de partida para a colaboração.
O documentário Terras de Acolá também não é uma iniciativa inédita. A ideia surgiu após as produções Terras de Merlin, sobre os países celtas, e Terras de Leste, que retratou os novos países da UE.|Com A. B. F
DIÁRIO DE NOTÍCIAS - 21.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 19:59 in CPLP - LUSOFONIA, RADIO - TV | Permalink | Comments (25)
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A inexistência de contabilidade organizada e os meios de pagamento a utilizar estão entre os maiores obstáculos à definição de um modelo para que os transportadores privados de passageiros beneficiem da comparticipação do Governo no preço dos combustíveis.
De acordo com o presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Rogério Manuel, duas das principais empresas de abastecimento de combustíveis em Moçambique, a BP e a PETROMOC, apresentaram já propostas para aplicar a medida governamental, que não resolvem ainda por completo o problema.
`Nas apresentações feitas pela BP e pela PETROMOC, estas empresas falaram-nos da venda de combustíveis com o uso de sistemas electrónicos (telefones celulares ou cartões usados na banca) que, infelizmente, não estão disponíveis em todas as províncias´, disse Rogério Manuel.
As duas gasolineiras foram, por isso, convidadas a `procurar novas fórmulas capazes de acomodar as preocupações dos transportadores nas províncias que não têm esses sistemas´.
Paralelamente, o presidente da FEMATRO (que tem registados 4.690 veículos no país, 3.690 nas cidades de Maputo e Matola) admitiu que `90 por cento dos transportadores´ beneficiários da medida governamental `não têm a contabilidade organizada´.
`É este o transportador que nós temos no país. Temos de fazer tudo para acomodar este transportador que ainda não está organizado, mas que está a transportar as pessoas. O não ter contabilidade organizada não quer dizer que ele não está a transportar e a fazer um trabalho social. Temos de ir ao seu encontro e ajudá-lo e, posteriormente, tentar trazê-lo à realidade do negócio em que está a operar e fazermos com que tenha uma contabilidade organizada´, adiantou.
O executivo moçambicano, recorde-se, aprovou recentemente uma compensação equivalente à aplicação do preço de 31 meticais (88 cêntimos do euro) por litro de combustível para os operadores privados de transporte público de todas as cidades do país (`chapas´), travando com esta medida a subida dos preços dos transportes.
O aumento do custo de viagem motivou violentos protestos nas cidades de Maputo e Matola a 05 de Fevereiro, que resultaram na morte de quatro pessoas e 98 feridos, segundo o balanço final das autoridades.
Logo após o anúncio dos subsídios, os representantes do Governo e da FEMATRO iniciaram negociações, que se têm prolongado, para a definição das condições em que as compensações serão pagas.
O representante dos transportadores admitiu pouco depois que a decisão do Governo de cobrir uma parte dos custos de combustível dos operadores privados de passageiros constitui um desafio para o sector que `nunca se relacionou com o Governo a este nível´.
RTP - 21.02.2008
NOTA:
- A saga não acabou.
- Segundo parece não há bilhetes de passageiro controlados pelas finanças. Não há escrita organizada.
- Como controlar o combustível "realmente" utilizado no transporte de passageiros?
- Quanto tempo leva a implementar o sistema?
- Entretanto o combustível está a ser pago ao preço normal. Haverão retroactivos?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 21/02/2008 at 17:18 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (1)
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Há mais de um ano
“Antes de Dezembro deste ano penso que vamos receber todas as embarcações. O que posso garantir neste momento é que todos os Ferry-boats ainda estão em construção”, Afirma António Munguambe, Ministro dos Transportes e Comunicações. Vamos receber os barcos ainda este semestre, garantiu-nos o MTC – Araújo Mulungo, Chefe Administrativo da Transmarítima em entrevista publicada neste diário no dia 22 de Março de 2007.
Contrariamente ao que foi intensamente propalado pela Transmarítima ao longo do primeiro semestre do ano passado, as cinco grandes embarcações do tipo Ferry-Boat garantidos pelo Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) com vista a aliviar o sofrimento dos utentes, continuam encalhadas em Bangladesh, país asiático onde estão a ser construídas, sem nenhum horizonte temporário para chegarem ao País, confirmou Ministro dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique».
Ao longo do ano passado, foi primeiramente colocado como limite para a chegada das referidas embarcações, o primeiro semestre. Dias depois apontou-se o mês de Dezembro como sendo o novo limite. Ambas promessas falharam diametralmente, facto que continua a colocar os utentes das actuais embarcações em extremas dificuldades incluindo os técnicos que são solicitados a fazer milagres para que os ferry-boats obsoletos continuem a circular.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=3374
Posted on 21/02/2008 at 10:19 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
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A História da Luta de Libertação Nacional passará a ser documentada devidamente, nos próximos tempos, em virtude da aprovação pelo Conselho de Ministros, do decreto que cria o Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional. Na mesma sessão, o Governo aprovou o Estatuto Orgânico da instituição.
O Centro de Pesquisa da História da Luta de Libertação Nacional é uma instituição pública de investigação científica com autonomia administrativa e subordinada ao Ministério para os Assuntos dos Antigos Combatentes.
O PAÍS - 20.02.2008
Posted on 21/02/2008 at 00:17 in História | Permalink | Comments (0)
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Kopelipa, da Casa Militar de Eduardo dos Santos, é o novo dono do semanário Independente. Assassinato de William Tonet é o próximo passo
O que muitos desconfiavam e foi aqui noticiado no Notícias Lusófonas, começa a ficar mais visível, em Angola, quanto às motivações que estão na origem do ressuscitado semanário Independente, que lidera, com a chefia da Casa Militar da Presidência da República e do secretário para a Informação do MPLA,
Norberto dos Santos Kwata Kanawa, uma campanha visando o assassinato do jornalista William Tonet, director do Folha 8. Não se trata de um órgão de comunicação social privado, mas sim dos Serviços da Segurança de Estado de Angola.
Por Norberto Hossi
A composição dos seus proprietários, todos agentes de topo na estrutura do SINFO (Serviços de Informação do Estado), nomeadamente; Fernando Manuel (que chegou a ser vice-ministro da Segurança), Luís Fragoso - Loy, ligado às Análises e Informação, Pena Fernando, operativo de sistemas e actual director de gabinete de Joaquim Mande, inspector-geral do Estado (homem ligado a Kundi Pahiama), Estevão Kauanda e Cristóvão A, afectos as operações especiais, não deixa dúvidas.
Leia em:
Download militares_do_regime_de_angola_apostam_na.doc
Posted on 20/02/2008 at 23:54 in Angola - Cabinda | Permalink | Comments (0)
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Rebuscando, e relendo, alguns livros velhos – ou antigos – por muito cuidadosamente que outrora tenham sido lidos, estudados ou meditados, sempre nos deparamos com “novidades” arrepiantes, e quase as lágrimas nos embaçam os olhos ao ver que tamanha é a estupidez e a sem vergonhice dos homens (e mulheres, claro!).
Toda a gente sabe que o f... da m...@ do Caim matou o Abel, que Jacob passou a perna ao irmão Esaú, que Sócrates (o grego!) foi envenenado, Brutus apunhalou Julio César, a Séneca cortaram-lhe os pulsos, Cristo foi “vendido”, assim como milhões de escravos, e nem todos se envergonham pelo modo como foram tratados os últimos, como baratas que se espezinharam a bel prazer dos seus donos. Ainda hoje assim é!
Passam os anos, os séculos, os milênios e os homens não evoluem, não aprendem, não querem.
Se o poder embriaga a ganância sega. No caso deste país onde se plantando tudo dá, os escândalos sucedem-se a velocidade vertiginosa. Rouba-se descaradamente e ainda se ri na cara do povo besta que hoje daria quase 70% de aprovação ao grande líder, da mentira.
Há cerca de 2.600 anos um homem deixou-nos esta mensagem da sua doutrina:
Haverá uma rápida deteriorização da moral pública, se um ministro de estado negligenciar os seus deveres, trabalhar apenas em benefício próprio e aceitar subornos. Tais funcionários públicos desonestos são os ladrões da felicidade do povo: são ainda piores do que os assaltantes, porque trapaceiam o governo e o povo, e são a causa dos transtornos das nações. O rei deve exonerar tais ministros e puni-los severamente.
- Quem nos diz isto é Siddharta Gautama, o santo Buda.
Dirá aqui o tal líder: que tenho eu com isso? Sexa não vê os gatunos, os ministros, a roubar! Ainda os protege e defende! Ninguém é despedido, muito menos punido. O líder negocia com eles. Troca de favores, de votos, de contas públicas abertas para que cada um roube o quanto a sua imaginação puder.
O povo acha tudo normal. Aqui o hábito de se mancomunar com a res publica é coisa tão comezinha como o feijão com arroz! Só falta lei que sancione essa corrupção, o que aliás não viria alterar em nada o status quo!
Nem um se revolta. Poucos se indignam. Mesmo sabendo que a indignação (indignatio) é o ódio a alguém que fez mal a outrem, segundo a definição do grande mestre Spinoza, o povoléu acha que “está tudo numa boa”! País de brandos costumes, sol de Ipanema e... olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...
As mulatas boazudas deixam cair o tapa sexo - enorme: 4 cm. de comprimento e 1 de largura - em frente a um publico embabacado ao ver uma mulher nua, depois de já terem passado milhares delas com o sexo “discretamente disfarçado” com luzes pisca-pisca, espetáculo que marca o ponto máximo na vida turística do Rio de Janeiro, quando o prefeito do Rio aproveita para, em vez de receber os tais turistas, ir passar férias na Suíça! Talvez tenha ido também à Grécia perguntar qual o grau de pornografia que eles atribuíam a estátuas como a Vênus de Milo ou as Cariátides com seus vestidos “transparentes”!
Será que é verdade tudo isto que nos rodeia, ou estamos a sonhar acordados?
Para encerrar, por hoje, só mesmo citando Ernest Renan: A estupidez humana é a única coisa que nos pode dar a dimensão do infinito.
Francisco G. Amorim - Jornal de S.Paulo - 19.02.2008
Posted on 20/02/2008 at 23:38 in Opinião | Permalink | Comments (1)
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A POPULAÇÃO de Mathlemele, um dos bairros em expansão no município da Matola, mostra-se preocupada com o parcelamento em curso, embora reconheça que se trata de um processo irreversível para um ordenamento territorial harmonioso. A inquietação surge pelo facto de se tratar de uma zona rural, onde a base da vida das pessoas é a agricultura e criação de gado, ficando assim reduzida ou até eliminada a única fonte de sobrevivência.
Maputo, Quinta-Feira, 21 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Para além das zonas habitacionais onde primeiro deverão ser enquadrados os nativos para depois acomodar outros interessados provenientes doutros bairros, é para Mathlemele que está projectado e foi demarcado o novo aterro comum entre Matola e Maputo.
A outra preocupação dos residentes daquela área é a falta de água, uma vez que aquele povoado não é atravessado por nenhum tipo de curso de água, afigurando-se como única fonte de abastecimento do precioso líquido os poços tradicionais, que pelo crescimento acelerado da população começa a escassear.
Feliciano Chaúque, um dos moradores daquele povoado, disse que a tendência de urbanização vem alterar aquilo que é o modo de vida que as pessoas vinham levando, mas todos percebem que há uma necessidade de aceitar o crescimento urbano, mas não deixou de apelar para o respeito às vontades dos nativos.
“Não temos outra alternativa senão aceitarmos estas mudanças, mas é necessário que se respeite a vontade dos nativos. Estão a ser parcelados os talhões. É preciso que sejam enquadrados primeiro os naturais depois é que serão os que vêm de fora do bairro. Outra questão que nos preocupa é que a base de vida da nossa população é a agricultura e com esta urbanização deixa de existir essa fonte e é preciso encontrar alternativas para as pessoas viverem, porque já não podemos continuar a cultivar as nossa machambas”, disse Feliciano Chaúque.
Por seu turno, Chiluvanhane Mucavele, um outro residente de Mathlemele, lamenta também o facto de o processo de desenvolvimento mexer naquilo que é a vida normal das pessoas e muitas vezes sem se ter em consideração as alternativas necessárias para a continuação da vida normal das pessoas.
“As nossa machambas serão transformadas em aterro sanitário e talhões para habitação. A partir dessa altura fica eliminada uma importante fonte de sobrevivência das pessoas e há que encontrar alternativas. Pessoalmente acho que o parcelamento vai trazer benefícios na forma de estar no bairro e outras infra-estruturas poderão ser implantadas, mas é fundamental que se tenha em consideração que as pessoas viviam de machamba. Temos também a falta de água nesta zona e seria bom que as estruturas administrativas fizessem alguma coisa para a sua instalação”, referiu.
Entretanto, Ernesto Monteiro, líder comunitário de Mathlemele, considera que não há razão de queixa por parte dos residentes porque está tudo acautelado em termos de espaço para parcelamento, prática de agricultura e pastagem do gado. Porém, a falta de infra-estruturas básicas para a vida das pessoas continua a ser uma grande preocupação.
“Não podemos negar a urbanização e na medida do possível está a ser tudo feito no sentido de garantir os direitos dos naturais. Quando se faz o parcelamento a prioridade é dos nativos. No nosso povoado há falta de tudo, não temos posto de saúde, mercado, nem energia e acreditamos que com este processo poderemos vir a beneficiar destas e outras infra-estruturas importantes”, disse Monteiro, para quem todos devem colaborar para o desenvolvimento comum.
Posted on 20/02/2008 at 23:32 in Municípios - Administração Local - Governo | Permalink | Comments (0)
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ARRANCOU ao princípio da tarde de segunda-feira, no vale do rio Púnguè, no distrito do Dondo, em Sofala, o processo de destruição de 168 casas localizadas em zonas vulneráveis a inundações e que, por outro lado, perigam a integridade da ponte edificada sobre aquele curso de água. A acção está a envolver os respectivos proprietários e visa desencorajar a fixação de moradias, evitando que o Governo e parceiros gastem anualmente somas avultadas de dinheiro para o resgate e salvamento de pessoas vítimas das enxurradas que ciclicamente se registam.
Maputo, Quinta-Feira, 21 de Fevereiro de 2008:: Notícias
O administrador do Dondo, Domingos Tomocene, disse, quando contactado telefonicamente pelo nosso Jornal, que o processo está a decorrer de forma pacífica, depois de uma forte sensibilização que envolveu as autoridades locais e líderes tradicionais. Aliás, a administração distrital esteve reunida com os régulos na passada segunda-feira para a concertação de posições, evitando-se assim que houvesse violência no processo.
“Não houve uso de força porque chegámos à conclusão de que os donos das casas deveriam ser eles mesmos a destruí-las. E o processo começou esta manhã (segunda-feira). Os líderes comunitários jogaram um papel fundamental na sensibilização das comunidades”- reconheceu.
Domingos Tomocene disse ainda que algumas pessoas sugeriram mesmo que aquele que não destruisse a sua casa num prazo de 10 dias, o Governo poderia recorrer à força, porque já não faz sentido fixar residências naquele local.
Sendo assim, os visados só poderão aproveitar os recursos existentes no vale do Púnguè para actividades piscatórias e para a prática da agricultura. Para tal, os visados neste processo passam definitivamente a residir no centro de reassentamento criado para o efeito na localidade de Mutua, posto administrativo de Mafambisse.
Noutro desenvolvimento, o administrador de Dondo disse que o seu Executivo já sensibilizou os populares para aproveitarem o material das casas destruídas para a construção de moradias provisórias no centro de reassentamento de Mutua, numa altura em que o processo de atribuição de talhões está a decorrer a contento.
Refira-se que a ideia de destruir foi sugerida por alguns líderes comunitários e populares num comício orientado recentemente pelo Governador de Sofala, Alberto Vaquina, no centro de reassentamento de Mutua, tendo defendido ser desgastante todos os anos o Executivo e parceiros gastarem somas avultadas para resgatar e/ou salvar as mesmas pessoas que bem sabem que aquela zona é de risco.
Os intervenientes chegaram mesmo a sugerir o uso de força para os eventuais renitentes.
Por outro lado, um trabalho efectuado recentemente levou o Executivo a concluir que a construção de residências naquela zona estava a pôr em risco a estrutura da ponte sobre o rio Púnguè, dado que os moradores não estão a obedecer às regras mais elementares de construção civil que defendem que toda e qualquer obra particular deve acontecer 50 metros depois da estrada principal.
Entretanto, as inundações que vêm apoquentando a província de Sofala desde Dezembro passado já provocaram o desalojamento de mais de mil famílias no distrito do Dondo, agora reassentadas em Mutua. Mais de 100 hectares de culturas diversas são dadas como perdidas. Algumas estradas terciárias continuam com problemas sérios de transitabilidade.
Eduardo Sixpence
Posted on 20/02/2008 at 23:30 in Ambiente - Ecologia - Calamidades | Permalink | Comments (0)
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O deputado do PSD para a Emigração José Cesário mostrou-se hoje preocupado com situações de pobreza que encontrou entre as comunidades portuguesas, durante uma visita a Moçambique e à África do Sul.
"Voltam a ser preocupantes as situações de pobreza, incerteza quanto ao futuro e a criminalidade", disse o deputado social-democrata à Agência Lusa um dia depois de ter terminado a deslocação àqueles países.
"Devido a circunstâncias diversas - a agitação popular e a situação económica que não evoluiu tanto como se desejava em Moçambique e uma série de situações que criaram instabilidade na África do Sul, como as sucessivas falhas de energia - há um clima de grande preocupação em relação ao futuro", afirmou José Cesário.
Segundo o deputado eleito pelo círculo Fora da Europa, "os fantasmas vêm ao cimo" quando confrontados com problemas políticos e agitação social.
José Cesário disse ainda ter encontrado nos dois países "muita gente com situações económicas muitíssimo delicadas" e denunciou que continuam a registar-se "algumas situações de violência" na comunidade portuguesa residente na África do Sul.
O ex-secretário de Estado das Comunidades disse ainda que portugueses residentes em Moçambique "sofreram algumas consequências", como danos materiais nos seus veículos, com as manifestações de rua realizadas no início do mês, quando o governo decidiu aumentar o preço dos transportes públicos.
Questionado pela Lusa, José Cesário disse que vai "tentar esclarecer" alguns casos concretos relacionados com as situações de pobreza junto dos serviços competentes, nomeadamente o Apoio Social a Idosos Carenciados (ASIC) nas comunidades portuguesas e o Apoio Social a Emigrantes Carenciados (ASEC).
"Tenho também preparado um conjunto de iniciativas legislativas e uma delas vai ser sobre as questões sociais, do acompanhamento dos nossos compatriotas emigrados há mais tempo e os mais recentes", referiu o deputado, sem dar mais pormenores.
Na deslocação de seis dias que fez aos dois países, José Cesário visitou os consulados de Portugal em Maputo (Moçambique) e em Joanesburgo (África do Sul), reuniu-se com os cônsules, manteve encontros com jovens portugueses e luso-descendentes e reuniões com a comunidade.
Em Moçambique residem actualmente entre 17 a 20 mil portugueses e na África do Sul cerca de 300 mil.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 20.02.2008
Posted on 20/02/2008 at 20:39 in Emigração - Imigração - Refugiados, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Município de Maputo
Motoristas de transportes semi-colectivos (Chapas) que circulam pela Avenida 4 de Outubro, estrada que faz ligação entre os Municípios de Matola e Maputo, contactaram o «Canal de Moçambique» para denunciarem a existência naquela via de dois agentes da Polícia de Trânsito (PT) que segundo contaram, os mesmos “instalam-se todos os dias a partir de 17 horas, numa esquina no bairro «Acordos de Lusaka», perto da «B.O – Cadeia de Máxima Segurança» para fazerem cobranças ilícitas aos transportadores”.
Segundo palavras daqueles motoristas, “os agentes corruptos mandam parar quase todos os «chapas» que por alí passam, exigindo-lhes uma série de documentos e submeter-lhes a tantas complicações”.
Contam ainda os denunciantes, que pediram o anonimato alegando temerem represálias que “acabamos cedendo aos seus pedidos. Acabamos dando algum dinheiro para nos deixarem trabalhar a vontade”.
PT usa viatura ilegal
O «Canal de Moçambique» se fez à referida esquina para ver in loco o que se está a passar entre os agentes e os transportadores.
Leia em:
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=3361
Posted on 20/02/2008 at 09:40 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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Lide Lidima
Por Afonso dos Santos
Considera-se geralmente que um dos pilares da democracia é a separação de três poderes: o legislativo, o executivo e o judicial. Entretanto, tenho algumas dúvidas acerca da relação do poder judicial com a democracia. A primeira questão diz respeito à independência desse poder. Qualquer poder é sempre exercido por pessoas. E não pode haver qualquer independência do poder judicial, se este for exercido por pessoas que actuam como servos, que se dedicam a lamber as botas dos donos do poder político, tendo como objectivo obterem privilégios económicos e sociais.
Também não pode existir independência do poder judicial, se este for exercido por indivíduos que se identificam com os interesses dos donos do dinheiro – sendo também, eles próprios, poderosos donos do dinheiro e de propriedades –, e que usam o poder judicial para servir esses interesses.
Mas há uma outra questão: se os juízes se considerarem como sendo eles a própria lei, se considerarem que as suas decisões são a lei e não uma interpretação da lei, se o poder judicial estiver acima da própria lei, porque ninguém controla as suas decisões, tudo isto constitui uma grave atrofia da democracia. Tenho a suposição de que a ampliação da democracia exigiria uma instância de poder à qual os juízes teriam que prestar contas da sua actuação, quando isso fosse necessário, tal como acontece em relação aos médicos, os quais estão permanentemente sujeitos a terem que prestar contas sobre as consequências dos seus actos profissionais.
Um outro problema respeitante às questões do poder, na democracia, é que sempre que o poder económico se sobrepõe ao poder político, isso é um factor que atrofia a democracia. Significa que os governantes actuam como empregados dos donos do dinheiro, ou são estes mesmos – os que são os donos do dinheiro – que são também os donos da política.
Abusa-se, por vezes, de comparações mais ou menos inapropriadas com o mundo do futebol, mas, neste momento, não consigo fugir a uma comparação: numa democracia subjugada pelo poder económico, acontece como no futebol: quem ganha o campeonato são os clubes, neste caso os partidos, que têm mais dinheiro.
O combate pela ampliação da democracia deverá, portanto, ter como objectivo que o poder económico esteja subordinado ao poder político.
A amplitude e o carácter – progressista, conservador ou reaccionário – duma democracia deverão ser definidos tomando como base de análise a observação sobre quais são as classes sociais que exercem o poder. E o que se pode observar é que, nos regimes democráticos actualmente existentes, o poder é exercido pela burguesia, e que tem como seus aliados algumas outras camadas sociais privilegiadas. As classes trabalhadoras, por sua vez, são completamente afastadas do exercício do poder. É neste contexto que me parece inteiramente apropriado e válido designar este tipo de democracia, hoje prevalecente no mundo, como “democracia burguesa”. As características da burguesia não são certamente as mesmas de há um século atrás, mas ela continua a ser definida como a classe que possui os meios de produção dos bens materiais e de produção de serviços e os meios do comércio.
Para defender os seus interesses de classe, a burguesia cria e – através dos órgãos de informação de que é proprietária e do sistema de educação que controla – propaga a sua ideologia de classe.
A grande manobra ideológica da burguesia consiste num malabarismo de raciocínio através do qual ela designa todas as formas de pensamento que exprimem os interesses de outras classes sociais como sendo ideologias, dando a esta palavra a conotação negativa de alguma coisa que não reflecte a realidade. A burguesia, em todo o mundo, procura fazer crer que só as ideias que exprimem os seus interesses de classe é que não são ideologia, são uma espécie de verdade absoluta ou divina – esta ideia é precisamente um dos conteúdos principais da ideologia burguesa.
Outro conteúdo permanente da ideologia da burguesia é o de que não há luta de classes. Os seus ideólogos tentam inclusivamente negar que as classes sociais existem, ou, se o aceitam, negam que estas tenham interesses divergentes, e declaram que uma análise que tome como base a luta de classes é uma visão ideológica. Entretanto, a ideologia burguesa, para tentar despistar, introduz a manhosa noção de parceiros sociais.
Um terceiro conteúdo primordial da propaganda ideológica burguesa consiste em fazer crer que todas as outras ideologias pertencem ao passado e já não têm validade. Os intelectuais defensores dos interesses da burguesia gostam de usar vocábulos como “saudosismo”, “ideias datadas” (quer dizer, pertencentes a uma época que se foi e não voltará mais) e outros vocábulos que pretendem exprimir uma análise supostamente modernista. O objectivo é nítido: é preciso criar desânimo, é preciso desencorajar qualquer vontade de transformação.
No entanto, para a construção duma democracia mais ampla, não existe outro caminho que não seja retomar as ideologias progressistas desenvolvidas por ilustres personalidades revolucionárias no passado, e dar continuidade ao combate, que vem desde há séculos, pela construção de sociedades que tenham como fim essencial a felicidade do homem e não a maximização do lucro, que visa criar uma riqueza brutal (portanto, violenta) de uma pequena espécie de estranhos seres com forma biológica humana. Não há outra solução que não seja dar continuidade às lutas do passado, e que são, por isso mesmo, precisamente lutas do presente. Este é um combate entre a preservação da espécie humana e a sua degradação.
SAVANA - 15.02.2008
Posted on 20/02/2008 at 09:29 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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Como já se tornou tradição, numa das nossas edições de Fevereiro fazemos uma avaliação própria do desempenho do governo, atribuindo a cada um dos seus membros uma nota que vai de zero a 10. Esta é uma avaliação nossa, tendo em conta as realizações de cada um dos membros do Conselho de Ministros no ano ora findo, incluindo o Presidente da República, Armando Guebuza. Ao procedermos à avaliação tomamos em conta o empenho pessoal de cada um para a concretização dos objectivos que o respectivo cargo exige. Eis a classificação do SAVANA.
Armando Guebuza
O ano de 2007 foi o annus horriblis dos três anos que já lá vão da presidência de Armando Emílio Guebuza. É preciso fazer uma ressalva aqui; isso, se os incidentes da semana passada nas cidades de Maputo e Matola, com umas pequenas réplicas esta semana em Chókwe e Chibuto, tiverem servido de uma valiosa lição quanto à importância do governo manter-se sensível sobre as necessidades do povo. Guebuza assumiu o poder no início de 2005 como resultado de uma respeitável vitória eleitoral. A dimensão dessa vitória era a expressão de um povo desesperado, mas que acreditava que ainda havia uma segunda oportunidade. Era necessário mudar muita coisa: acabar com o burocratismo que impede o desenvolvimento, enterrar a corrupção no seio da classe política, conferir mais credibilidade à justiça, impor a ordem e disciplina no seio da força policial e criar maior confiança entre os investidores.
Leia em:
Download 2007_o_annus_horribilis.doc
Posted on 20/02/2008 at 09:25 in Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/02/2008 at 08:59 in Cooperação - ONGs | Permalink | Comments (0)
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A onda de linchamentos que está a abalar a Beira (centro), segunda maior cidade de Moçambique, resulta do "cansaço" dos cidadãos perante a ineficiência das autoridades no combate ao crime, na opinião de analistas ouvidos pela Agência Lusa.
Apenas este ano, sete pessoas foram espancadas e carbonizadas até à morte por populares nos subúrbios da Beira, que os acusam de práticas de diversos crimes, entre roubos e assassínios.
O sociólogo e professor universitário Carlos Serra, que está a coordenar uma pesquisa em Maputo sobre os linchamentos - prática pioneira da chamada "justiça pelas próprias mãos"- identifica nela "sintomas de cansaço da população perante a ineficiência da polícia".
"Nos questionários às pessoas, a resposta mais ouvida tem sido: ´estamos fartos, estamos cansados de ser roubados´. Na Beira, também ouvi um ancião a dizer o mesmo", afirmou Serra.
A frustração sentida pelos cidadãos perante a incapacidade do aparelho estatal de combate à delinquência levou já à "privatização da justiça", com os populares a chamar a si a acção punitiva de "pessoas suspeitas ou culpadas de crimes", constata o estudioso.
"Por hipótese, admite-se até que há bandos que estão a especializar-se no linchamento de supostos criminosos, como acontece no Brasil e noutras partes da América Latina, devido ao sentimento de que o Estado se demitiu de uma das suas principais funções: providenciar a segurança das pessoas e bens", sublinhou Carlos Serra.
A "geografia dos linchamentos" remete a incidência deste fenómeno para áreas suburbanas de menor presença policial, falta de iluminação, altas taxas de desemprego, residências sem segurança e agregados familiares numerosos superiores a cinco elementos.
"Nas cidades, onde a presença de sedes de instituições relevantes obriga a uma redobrada vigilância da polícia e da segurança privada, não temos os linchamentos", apontou Serra.
Quanto à colocação de um pneu no pescoço da vítima de linchamento, o sociólogo diz "que a cultura do pneu na capital do país levou a que se lhe descobrisse mais uma função: combustível para a queima de ladrões".
"Analisei o que chamo de cultura de pneu em Maputo e verifiquei que este elemento está presente na maioria das casas nos subúrbios de Maputo, às vezes como vedação, às vezes como brinquedo para crianças e até como matéria-prima para calçado. De repente, as pessoas olham à volta e dão se conta que tem também combustível, para incendiar o seu próximo".
O "necklacing" (pneu à volta do pescoço) tornou-se prática comum de linchamento nos bairros degradados sul-africanos durante o regime de segregação racial, constituindo muitas vezes a pena que eram condenados por "tribunais do povo" os membros da comunidade negra acusados de colaborarem com o regime de "apartheid".
Para o jurista António Madure, radicado na Beira, as circunstâncias em que acontecem os linchamentos nesta cidade demonstram a ausência de autoridade nos subúrbios da chamada segunda capital moçambicana.
"Todo o ritual que se desenrola nos linchamentos, desde a captura da vítima, espancamento, por vezes até antecedido por algum interrogatório, o pneu que se coloca à volta do pescoço da vítima, e o ateamento do fogo não levam menos de 45 minutos, o que numa situação normal permitiria que a polícia evitasse esse tipo de vingança privada", disse Madure.
"Quase em regra, quem aparece depois de consumado o linchamento são agentes da polícia comunitária (escolhidos entre cidadãos dos bairros para fazer a vigilância nocturna) a acudir à situação. Nos casos raros em que é a polícia do Estado, esta chega tarde e nunca a tempo de evitar o pior", enfatizou o jurista.
António Madure diz que a fúria popular está a ser aproveitada por algumas pessoas para fazerem ajustes de conta com supostos criminosos.
" Nos linchamentos, há um grave risco de se matarem inocentes e parece que já temos esses casos aqui na Beira. Há fortes dúvidas em relação à conduta das últimas vítimas. Ninguém esclarece se de facto eram malfeitores", sublinhou António Madure.
Ao invés de resolver o problema do crime, alerta Madure, a chamada "justiça popular" piora a insegurança no seio das pessoas, porque, "por azar, qualquer cidadão de bem pode ser confundido com bandidos, basta gritar "mbafa" - ladrão numa das línguas faladas na Beira.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 18.02.2008
Posted on 19/02/2008 at 22:57 in Antropologia - Sociologia, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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