O MINISTÉRIO do Interior (MINT) reitera não poder remunerar os elementos envolvidos nos Conselhos de Policiamento Comunitário (CPC) no país por considerar esta actividade de carácter voluntário por parte das comunidades. Esta posição surgiu depois de insistentes apelos das pessoas que fazem a vigilância nas suas zonas, no sentido de o Governo pagar pelo trabalho que realizam.
Maputo, Terça-Feira, 12 de Fevereiro de 2008:: Notícias
Os visados, que durante três dias debateram a sua vida em conferência nacional na cidade da Beira, dizem que a actividade de velar pelo conforto dos cidadãos constitui um risco, numa altura em que os criminosos tendem a sofisticar as suas acções.
O vice-ministro do Interior, José Mandra, disse que para além de não haver possibilidade de se proceder a tal pagamento, esta actividade beneficia as próprias comunidades que assim se organizam para combater o crime.
Mandra falou da situação económica e financeira do país, defendendo que o Governo não vai conseguir desembolsar valores para esse efeito.
“O governo gostaria de fazer muito mais para melhorar a situação de todos, mas a pobreza no nosso país é uma realidade. Estamos numa situação de pobreza absoluta”, justificou.
Para ilustrar a situação da pobreza e do sofrimento por que a sua corporação passa devido à falta de meios financeiros, Mandra afirmou que mesmo ao nível da região austral a polícia moçambicana é a mais pobre. Contou as peripécias por que passa, tais como a falta de meios, a ponto de um comandante distrital ter uma cota de seis litros de combustível por mês.
Dirigindo-se aos representantes dos CPC`s, de todo o país, o vice-ministro, cauteloso, incidiu o seu pronunciamento nos apelos no sentido de todas as comunidades trabalharem para a sua própria vigilância.
NOTA:
- Onde é já ouvi isso de "voluntários"?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE