O NOVO Ministro da Defesa Nacional, Filipe Jacinto Nhussi, disse ontem que a sua primeira acção é conhecer a instituição que passa a dirigir, o que passará por reunir com o colectivo de direcção para colher toda a informação pertinente e necessária para realizar o seu trabalho.
Maputo, Sexta-Feira, 28 de Março de 2008:: Notícias
Falando a jornalistas momentos após a sua investidura no cargo, acto presidido pelo Chefe de Estado, Armando Guebuza, o novo governante afirmou que vai discutir com os quadros do MDN as prioridades a definir para o tempo que resta para o fim do mandato do actual Executivo, que termina no próximo ano.
“Acabo de tomar posse agora (ontem), vou me concentrar nas novas funções. Vou sentar com o colectivo do Ministério e vamos alistar as prioridades. Naturalmente vamos ter em conta o tempo de que dispomos para cumprir com o mandato deste Governo. Vamos ter em conta os recursos humanos, materiais e tecnológicos e também financeiros para daí elaborarmos um plano de acção”, disse o sucessor de Tobias Dai.
Falando no acto de empossamento, o Presidente da República, Armando Guebuza, disse que “ao escolher-vos para as muito exigentes funções em que agora se encontram empossados, caros compatriotas, tivemos em conta o vosso sentido de pátria e de missão e as vossas qualidades intelectuais, de liderança e de amor com o nosso povo heróico”.
“Têm pela frente o grande desafio de coordenação das estruturas centrais e das instituições subordinadas aos vossos ministérios, para que o todo continue coerente, sincronizado, num passo acelerado e cadenciado que permita tirar o máximo partido do esforço despendido para lograr resultados quantificáveis e a excelência que buscamos de forma incessante”, sublinhou.
Até à sua nomeação, Filipe Jacinto Nhussi desempenhava as funções de Administrador Executivo na Empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM). Natural de Namau, distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, o novo Ministro da Defesa Nacional é formado em Engenharia Mecânica na então Checoslováquia e em Gestão pela Universidade de Manchester, Inglaterra.
Foi director ferroviário dos Caminhos de Ferro de Moçambique-Norte entre os anos de 1993 e 1995 e depois director executivo na mesma empresa e na mesma zona, entre 1995 e 2007, altura em que foi nomeado administrador executivo dos CFM na Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.
É membro do Comité Nacional dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional. Tendo estado na preparação político-militar em Tunduro, em 1973.
A nomeação de Filipe Jacinto Nhussi segue-se às movimentações feitas pelo Chefe de Estado na semana passada na direcção do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Nesta movimentação, o Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança exonerou o General do Exército, agora na Reserva, Lagos Lidimo do cargo de Chefe de Estado-Maior General das FADM e nomeou para o cargo Paulino José Macaringue. Na mesma ocasião, exonerou também o então vice-Chefe do Estado-Maior General das FADM, Tenente-General Mateus Ngonhamo, também na reserva, e substituíu-o pelo Tenente-General Olímpio Cardoso Laíce.
Antes destas mexidas, Armando Guebuza exonerou Alcinda Abreu, Luciano de Castro e Esperança Machavel dos cargos de ministro dos Negócios Estrangeiros, Coordenação da Acção Ambiental e Justiça, tendo nomeado para estes lugares Oldemiro Baloi, Alcinda Abreu e Benvinda Levi, respectivamente. Também exonerou António Munguambe do cargo de Ministro de Transportes e Comunicações e para este lugar nomeou Paulo Zuncula.