CAMPANHAS de desinformação, que aumentam sobretudo porque parte considerável da população vítima das cheias no centro do país é analfabeta, são o principal “calcanhar de aquiles” para o sucesso do programa de reassentamento que o Governo leva a cabo particularmente em alguns pontos da província de Manica. No entanto, apesar desta contrariedade, este programa está, a pouco e pouco, a fazer surgir “cidades” em várias regiões ao longo do Vale do Zambeze e noutras zonas ciclicamente afectadas por estas calamidades naturais.
Maputo, Quinta-Feira, 20 de Março de 2008:: Notícias
Na província de Manica, o processo não anda à velocidade que o Governo desejava. A visão e a direcção para a qual vão os discursos do Executivo não coincidem com os hábitos culturais da maioria dos beneficiários, que por isso não aderem com facilidade ao esforço que está a ser levado a cabo a seu favor.
Enquanto isso, o Governo desembolsa elevadas somas de dinheiro para atender à situação de emergência, mais concretamente na componente de edificação de casas para as vítimas das cheias. Alguns beneficiários pouco ou nada fazem, para complementar a iniciativa do Executivo.
Para além dos referidos problemas culturais, que obstruem a sua visão do futuro, agravados por gritantes índices de analfabetismo no seio das vítimas das cheias, são reportados, nos centros de reassentamento, casos de desinformação que tendem a minar a compreensão dos beneficiários em relação às vantagens que terão com o processo de reassentamento em curso.
Esta desinformação, segundo apurámos, está a provocar fraca aderência da população ao apelo das autoridades no sentido dos beneficiários comparticiparem através do fabrico de tijolos para as obras de construção de casas a si destinadas.
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