O DESENVOLVIMENTO de infra-estruturas é fundamental para o alcance dos objectivos definidos no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimenjto do Niassa, segundo conclusão suscitada pelos debates havidos no decurso da Conferência Internacional de Doadores ontem terminada na cidade de Lichinga. O evento, que reuniu cerca de 300 participantes, tinha como objectivo central interessar potenciais parceiros, públicos e privados pelo elevado potencial de recursos existentes naquela província.
Maputo, Sábado, 1 de Março de 2008:: Notícias
De acordo com a porta-voz da conferência, Ludovina Bernardo, embora todas as áreas definidas no plano estratégico tenham despertado o interesse dos participantes, as comunicações apresentadas trouxeram à superfície a sensibilidade da área de infra-estruturas, particularmente as estradas, fundamentais no desenvolvimento de qualquer projecto, a exemplo da agricultura comercial, uma das apostas do Governo provincial a médio e longo prazos.
Terminanada a conferência, segundo Ludovina Bernardo, o passo seguinte é a elaboração, por uma equipa técnica criada pelo Governo provincial, de uma matriz de projectos operacionais a serem implementados ao longo dos dez anos de execução do plano, havendo a ideia de submeter tais iniciativas concretas à apreciação dos parceiros de dois em dois anos.
“A ideia é saber dos investidores, que durante a conferência apresentaram críticas e fizeram sugestões para o melhoramento do plano, se ao fim de determinado tempo de implementação da matriz teremos feito ou não os reajustamentos propostos neste encontro, se estaremos ou não no bom caminho…”, explica a fonte.
Acrescentou que a implementação dos projectos a serem definidos na matriz não vai ficar refém dos investimentos a serem feitos pelos parceiros, uma vez que o Governo provincial vai tomar este instrumento como base na elaboração dos sucessivos programas económicos e sociais aprovados para cada ano.
Entretanto, a nossa fonte ressalvou que o plano estratégico de desenvolvimento do Niassa é um documento rolante e dinâmico, que por isso está aberto a críticas e sugestões para melhoramentos ou actualização naqueles aspectos que se mostram desajustados à realidade mutável.
“O que se pretende é que este instrumento oriente o desenvolvimento da província ao longo dos próximos dez anos, e que possa conduzir ao alcance do objectivo de reduzir os índicesde pobreza em 15 por cento até 2017”, explica Ludovina Bernardo.