O número de vítimas mortais no desabamento do edifício da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), em Luanda subiu para 24, adiantou hoje a Rádio nacional de Angola.
A notícia foi avançada hoje pela Rádio Nacional de Angola, que, citando elementos das equipas de salvamento, actualizou o número de mortos para 24, com a retirada dos escombros na madrugada de hoje de mais nove corpos, que se somam aos 15 encontrados até à noite de Domingo.
Entretanto, segundo a mesma estação, o governo angolano prometeu hoje que as vítimas do desabamento do edifício da DNIC vão ter um funeral condigno.
Mais de 48 horas depois da derrocada do prédio de sete andares, as equipas de salvamento continuam as buscas, embora tenham já reconhecido que não deve ser possível encontrar mais pessoas com vida.
A última esperança para encontrar vida sob os escombros estava na cela feminina, nas catacumbas do antigo edifício da DNIC, onde estavam dez mulheres e uma criança, todas retiradas mortas.
Das cerca de 180 pessoas que se encontravam no edifício, já foram retiradas cerca de 150 com vida e 24 cadáveres, podendo ainda estar no local mais pessoas que as autoridades admitem ser improvável estarem vivas.
As caves do edifício são agora a prioridade das equipas de resgate por ali se situarem as celas principais da DNIC.
Dois corpos foram entretanto localizados mas ainda não foram retirados dos escombros por estarem situados em zona de difícil acesso.
No local continuam dezenas de elementos das equipas de resgate dos Bombeiros, Protecção Civil, Cruz Vermelha, militares e polícia.
Os destroços continuam a ser removidos com recurso a maquinaria ligeira e pesada disponibilizada por empresas de construção civil.
Nas próximas horas vão ter início os trabalhos da comissão de inquérito às causas do desmoronamento, que, segundo o ministro do Interior, Roberto Leal Monteiro "Ngongo", deve integrar técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil português.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 31.03.2008