O SECRETARIADO Técnico de Administração Eleitoral (STAE) tem já confirmada a inscrição de 8.926.647 eleitores registados durante o último recenseamento eleitoral de raiz realizado de 24 de Setembro de 2007 a 15 de Março último em todo o território nacional.
Maputo, Sexta-Feira, 25 de Abril de 2008:: Notícias
Felisberto Naife, director geral desta instituição eleitoral, disse ontem ao “Notícias” – que esta cifra corresponde a 88.3 pontos percentuais do universo de 10.2 milhões de potenciais eleitores inicialmente previstos.
“Neste momento decorre o processo de harmonização dos dados do censo eleitoral, processo que consiste em proceder à comparação dos dados inseridos no sistema informático e os que foram anotados pelos brigadistas nos cadernos manuais disponibilizados em cada posto”, disse o nosso interlocutor, numa entrevista em que também estiveram presentes o director das Operações do STAE, Mário Ernesto, e do chefe do Departamento de Imprensa daquele órgão, Lucas José.
Para os três responsáveis do STAE, as cifras já alcançadas neste censo de raiz, apesar de preliminares, mostram um acrecéscimo de eleitores registados quando comparadas com os resultados do recenseamento de raiz que teve lugar no país em 1999.
Nesse registo foram inscritos nos cadernos eleitorais cerca de 7.099.105 eleitores, dos 8.268.594 previstos, o que corresponde a 85.5 por cento, contra os actuais 88.3 por cento deste ano, o correspondente a cerca de nove milhões de cidadãos com idade superior a 18 anos.
Dos dados disponíveis, de acordo com o director das Operações do STAE, Mário Ernesto, 7.6 milhões de eleitores foram recenseados na primeira fase do processo, que decorreu de 24 de Setembro a 15 de Dezembro do ano passado. Os restantes 1.321.755 foram inscritos na segunda fase da operação, realizada de 15 de Janeiro a 15 de Março últimos.
Tendo como base os 10.2 milhões de eleitores previstos e retirados os cidadãos inscritos na primeira fase, o STAE propunha-se a inscrever no segundo período do censo perto de 2.5 milhões de eleitores, tendo atingido até ao momento mais de 1.3 milhões.
Sobre esta questão, Mário Ernesto afirmou que na segunda fase a situação das inundações, cheias e chuvas torrenciais que afectaram alguns pontos do país, com destaque para Sofala, Manica e Inhambane, “não tiveram impacto tão negativo, como à primeira vista parecia”.
“A deslocação das populações afectadas para zonas seguras implicou igualmente a transferências das brigadas dos povoados atingidos para lugares seguros, também. Isso permitiu que o STAE procedesse à emissão da segunda via dos cartões do censo, pois muitos eleitores viram os seus cartões a serem danificados devido à humidade”, explicou aquele técnico eleitoral.
Segundo disse, o STAE dispôs de tempo necessário para fazer todas as correcções julgadas necessárias para que o censo se desenvolvesse dentro dos trâmites previstos.