Reajustamento salarial até 30 %
- O sector da indústria de extracção de minerais é o menos beneficiado, pois a proposta consensual não foi para além de reajustamento na ordem de 15 por cento
O reajustamento de salário a vigorar no presente ano poderá alcançar os 30 por cento caso o Governo moçambicano, através do Conselho de Ministros, aprove, em definitivo, as propostas que reflectem os consensos alcançados nas discussões entre os empregadores, representados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique, CTA, e os trabalhadores representados pelos respectivos sindicatos. De acordo com os números consensuais alcançados entre os trabalhadores e empregadores, o sector que mais estará beneficiado, caso as propostas sejam aprovadas nos moldes actuais, será o da produção e distribuição de electricidade, gás e água que deverá ser na ordem de 29.8 por cento.
Entretanto, do lado contrário, está o sector da indústria de extracção de minerais, cujo nível de proposta de reajustamento não foi para além dos 15 por cento. Para o sector da agricultura, pecuária e silvicultura foi feita uma proposta de 16 por cento, 15 para o sector das pescas, 20 para o da indústria transformadora e 16 para o sector da construção. Ao sector de actividades dos serviços não financeiros foi proposta um reajustamento de 17 por cento e 18 para o de actividades financeiras.
Estes dados foram facultados, na manhã de ontem, na Primeira Sessão da Comissão Consultiva do Trabalho, CCT, um encontro que serviu para apresentar as conclusões das negociações entre os empregadores e os trabalhadores.
Feita a apreciação global das propostas, a Ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, deu a conhecer que nos próximos dois dias, vai-se definir os níveis de reajustamento para o último sector, o da Administração Pública,
Defesa e Segurança. Depois deste exercício, as propostas, já com todos os sectores de actividade, serão encaminhados ao Conselho de Ministros, entidade a quem caberá decidir em última instância, os níveis de reajustamento por cada sector de actividade.
(F. Mbanze) - MEDIA FAX - 24.04.2008