A fábrica de medicamentos anti-retrovirais de Maputo vai arrancar ainda este ano com um investimento inicial de quatro milhões de dólares do Governo brasileiro, afirmou quinta-feira no Rio de Janeiro o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Paulo Marchiori Buss disse que a fábrica produzirá, num primeiro momento, três anti-retrovirais para suprir a procura interna do país, além de outros sete medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes.
O presidente da Fiocruz disse ainda que os primeiros medicamentos serão colocados no mercado moçambicano até ao final do ano.
De acordo com Paulo Buss, à medida que a fábrica de Maputo conseguir responder à procura interna, o excesso de medicamentos poderá ser vendido para outros países africanos, preferencialmente para os de língua oficial portuguesa (PALOP).
O projecto de instalação da fábrica de anti-retrovirais em Maputo existe há quatro anos, mas apenas no ano passado foi aprovado o estudo de viabilidade económica, feito pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fiocruz.
O custo total do projecto está avaliado em 12 milhões de dólares.
O escritório da Fiocruz em África, credenciado junto da União Africana para auxiliar no desenvolvimento do sistema de saúde do continente, também terá sede em Maputo.
Moçambique é o segundo país africano a contar com a experiência da Fiocruz logo depois de Angola.
(macauhub) - 21.04.2008