CRESCE a aversão às pessoas e coisas estrangeiras na República da África do Sul (RAS). De entre as vítimas da violência xenófoba estão, naturalmente, moçambicanos que, nas terras do rand, procuram melhores condições de vida. Uma autêntica “caça ao homem” que já causou a morte de dezenas de pessoas, ferimentos a várias outras e desalojados. Esta repugnação, esta antipatia, este ódio e esta repulsão estão a provocar reacções no seio da sociedade moçambicana apelando as autoridades sul-africanas para a tomada de medidas tendentes a eliminar ou pelo menos estancar os tentáculos da violência que dia após dia grassa um bairro, uma aldeia ou um círculo dos arredores de Joanesburgo – a capital económica da África do Sul. Algumas figuras inquiridas pelo “Notícias”, a este propósito, foram unânimes em considerar que:
Maputo, Quinta-Feira, 22 de Maio de 2008:: Notícias
AS manifestações de xenofobia na África do Sul eclodiram há cerca de uma semana tendo se agravado nos últimos três dias com a morte de mais de 22 pessoas, dentre as quais alguns moçambicanos. Para além destas mortes registam-se igualmente vários feridos e desalojados, o que requer uma rápida intervenção das autoridades locais.
Informações a que o “Notícias” teve acesso indicam que na sequência do agravamento da situação, dezenas de moçambicanos residentes na África do Sul há vários anos, manifestam o interesse de regressar às suas origens temendo pelas suas vidas. É que quando os protagonistas destes actos “invadem” um bairro, aldeia ou círculo, fazem-no empunhando catanas, machados, picaretas, martelos, paus e pedras, entre outros objectos contundentes e não hesitam na sua reacção de tirar a vida a qualquer estrangeiro.
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