A ONG DOS EUA APOIA MOÇAMBIQUE NA LUTA CONTRA CRISE ALIMENTAR
O presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), Lennart Bage, disse ser aconselhável que não se ocupem áreas propícias para produção de cereais e outros produtos alimentares com biocombustíveis, “porque as áreas vão tornar-se improdutivas e, assim, agravar-se a insegurança alimentar no país”.
Realçou que os biocombustíveis devem ser produzidos nas áreas próprias, ou seja, improdutivas a culturas alimentares, salientando que os camponeses devem ser incentivados a dar prioridade à produção de cereais e não biocombustíveis.
Bage revelou, entretanto, estar a sua instituição de origem dos Estados Unidos da América (EUA), disposta a financiar o programa moçambicano de luta contra a grave crise alimentar mundial, devendo, para isso, o Governo apresentar ao FIDA o seu projecto, contendo necessidades para posterior libertação de fundos.
O FIDA dispõe de 150 milhões de dólares norte-americanos para financiar quatro projectos durante os próximos cinco anos das áreas da Agricultura, Comercialização Agrária, Apoio aos Mercados Agrícolas e Finanças Rurais, depois de ter desembolsado outros tantos desde 1983 em apoio ao programa de erradicação da pobreza.
O presidente do FIDA esteve até ontem, quinta-feira, em Moçambique, em visita de trabalho para acompanhamento da forma como os projectos financiados pela sua instituição estão a ser implementados e preparar um novo programa para os próximos cinco anos.
Ele visitou o projecto do Banco de Sofala de apoio à pesca artesanal que beneficia de 30 milhões de dólares de
apoio e foi recebido pela Primeira-Ministra, Luísa Diogo, e pelos ministros de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, da Agricultura, Soares Nhaca, e das Pescas, Cadmiel Mutemba.
(F. Saveca) - CORREIO DA MANHÃ - 23.05.2008