O presidente sul-africano Thabo Mbeki condenou a onda de ataques a trabalhadores estrangeiros que descreveu como actos inqualificáveis que, acrescenta, mancharam o nome do país.
"Os actos inqualificáveis de uma minoria mancharam o nome da África do Sul, pelos actos criminosos cometidos contra os nossos irmãos e irmãs africanos doutras partes do continente e contra outros cidadãos estrangeiros, em especial da Ásia", afirmou Mbeki.
O presidente já havia sido alvo de críticas pela lentidão em reagir a estes acontecimentos. O seu próprio irmão, Moeletsi Mbeki responsabilizou as políticas externa e de imigração do governo pela actual crise.
Todos 'irmãos'
No Domingo em que se celebrava o Dia de África o presidente relembrou que os sul-africanos para chegaram onde estão hoje tiveram de contar com a ajuda de outros africanos:
"Como sul africanos que somos não nos podemos esquecer de algumas coisas: que a nossa economia foi construída pelo suor dos africanos nossos vizinhos, muitos dos quais morreram nas nossas minas com ao lado dos nosso trabalhadores", disse.
"Não nos esqueçamos igualmente que foram eles também que ajudaram a construir o movimento de libertação", destacou Mbeki.
Nesta mensagem ao país, transmitida nas rádio e televisão nacionais, Mbeki chamou a atenção para o risco do país regressar à violência do passado.
Segundo os últimos números da polícia morreram pelo menos 50 pessoas nas últimas duas semanas, enquanto que cerca de 25 mil foram obrigadas a abandonar as suas casas.
BBC - 26.05.2008
NOTA:
Estas "solidariedades" históricas, e não só em África, são mais entre os "chefões" que entre o povo. Quando se morre à fome, para onde vais "solidariedade"...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE