Gritavam os sul-africanos nos ataques aos estrangeiros
* Moçambicanos continuam a ir à África do Sul embora timidamente e sul-africanos a entrar praticamente não há
Os actos de xenofobia protagonizados por "tsotsis" sul-africanos contra estrangeiros a residirem naquele país vizinho e que fez mais de cinquenta vítimas provocou um fenómeno que não era esperado em Moçambique. Os “refugiados da chacina”, segundo dados oficiais são cerca de trinta mil.
Além desse universo de trinta mil pessoas que chegara até terça-feira, espera-se nos próximos dias a vinda de mais de dez mil moçambicanos. A já deplorável situação de falta infra-estruturas para albergar tão grande moldura humana e a enorme falta de emprego que já afecta o tecido social em Moçambique ficará desta forma num estado ainda mais grave. José Manuel, da província de Cabo Delgado e Luís Wilson de Sofala, contaram-nos que o que os fez ir para a África do Sul foi a falta de emprego em Moçambique. Agora voltam escorraçados e encontram-se de novo desempregados.
Na conversa com eles desenvolvida no centro de acomodação erguido em Beleluane, na província de Maputo, contaram-nos que o episódio que suscitou o seu regresso ao país começou como se fosse brincadeira. Os sul-africanos já há um mês advertiam aos moçambicanos de que a qualquer momento iria eclodir uma violência como forma de os expulsar da sua terra, alegando que os estrangeiros estavam a usurpar os seus empregos.
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