ANA DIAS CORDEIRO
Os interesses entre os dois países passam muito pela influência que ambos têm nos Grandes Lagos e na região petrolífera do golfo da Guiné.
42 arguidos do processo Angolagate irão a julgamento em França no fim deste ano e nenhum é angolano.
A visita que Nicolas Sarkozy realiza hoje a Angola, onde será recebido pelo chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos, é um sinal da vontade do Presidente francês de "encontrar, pouco a pouco, o caminho do diálogo e da cooperação" com um país que "será chamado a desempenhar um papel importante no continente" e a ter "um lugar
central" no mundo, "apesar dos quase 30 anos de guerra civil", disse ao PÚBLICO fonte oficial francesa. "Não queremos deixar de ter relações com Angola", acrescentou, reconhecendo a "grande expectativa" em torno desta visita de menos de 12 horas.
É a primeira dos últimos oito anos marcados por um "distanciamento" e "tensão" entre os dois países, desde que em 2000 a justiça francesa avançou com o processo da venda de armas a Luanda entre 1993 e 2000, o Angolagate, que começou por envolver personalidades dos dois países e os principais intermediários dos negócios de armamento, o franco-brasileiro Pierre Falcone e o israelo-russo Arkadi Gaydamak.
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