Todos os membros dos conselhos consultivos distritais devem saber ler, escrever e efectuar cálculos básicos até final do próximo ano, tendo em conta o papel que desempenham a nível daquelas divisões administrativas do país. Esta recomendação, que já havia sido feita anteriormente, foi reavivada durante a VII Reunião de Alfabetização e Educação de Adultos, terminada na noite de ontem na cidade de Maputo.
Maputo, Sábado, 21 de Junho de 2008:: Notícias
Nesse sentido, no decurso desta reunião foram apresentadas experiências sobre a já iniciada alfabetização de líderes comunitários, que é levada a cabo em resposta àquela recomendação.
Informações avançadas no encontro precisam que os membros daqueles órgãos, extremamente importantes a nível dos distritos, devem estar habilitados na leitura, escrita e na resolução de cálculos simples até 31 de Dezembro do próximo ano, acrescentando-se que a recomendação parte da Presidência da República.
A necessidade dos membros do conselhos consultivos estarem minimamente alfabetizados coloca-se numa altura em que o país tem o distrito como o pólo de desenvolvimento, a base da sua planificação.
Entre as diversas recomendações lançadas, destaque vai também para a necessidade de adopção de programas de alfabetização ligados ao desenvolvimento de habilidades para a vida, tais como formação dos alfabetizandos em matérias sobre conservação de hortícolas, construção com materiais locais, entre outros aspectos práticos.
No que diz respeito à introdução do novo currículo na alfabetização, a arrancar próximo ano, a reunião recomendou para que se adopte um sistema de acompanhamento e avaliação permanente das actividades, a selecção dos ditos analfabetos puros para constituírem turmas de experimentação por forma a obter resultados fiáveis.
Ainda neste ponto, os participantes indicaram a necessidade de se avaliar os materiais a serem utilizados de modo a reajustarem os conteúdos.
O programa previa que a cerimónia de encerramento da reunião, iniciada na quarta-feira, fosse presidida pelo ministro da Educação e Cultura ou pelo vice, mas na hora nem a secretária permanente da instituição mostrou-se disponível para tal. A missão coube ao próprio director nacional da Alfabetização e Educação de Adultos, Ernesto Muianga.