Parece mentira mas é uma constatação. 33 anos depois da Independência Nacional, a 25 de Junho de 1975, o que era impensável para muitos é uma realidade evidente a olho nu: as elites sufocam os académicos; razão pela qual, está em vista para os próximos dias, a realização de um encontro entre os representantes de várias instituições públicas para debater o medo que paira entre os estudantes do Instituto Superior de Administração Pública (ISAP) que, quando solicitados pela direcção daquele estabelecimento do ensino, a divulgarem publicamente os melhores trabalhos de pesquisa académica, recusam com receio de represálias por parte das respectivas chefias, de acordo com dados revelados na segunda-feira, numa palestra, sobre a contribuição da Formação em Administração Pública para a profissionalização e melhoria do desempenho da Função Pública.
No decurso das actividades da comemoração do 23 de Junho, "Dia Africano da Função Pública", este ano celebrado sob o lema: "Por uma Função Pública Orientada para Resultados", Agostinho Manganhele, docente e coordenador do módulo Moçambique: História, Políticas e Cultura, no ISAP, afirmou, na apresentação de apenas três melhores trabalhos de pesquisa académica, das tantas dezenas que se têm vindo a solicitar desde ano passado, que "os estudantes que possuem os melhores trabalhos de pesquisa e realizados nos seus locais de trabalho, quando solicitados pela direcção do ISAP a autorização para a publicação, recusam alegando represálias por parte das respectivas chefias".
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