O líder da oposição, Morgan Tsvangirai, defendeu o envio de uma força internacional ao Zimbabwe e a realização de novas eleições presidenciais.
“Tal força ficaria o cargo de tropas de paz e não de instigadores da violência. Eles protegeriam as pessoas de seus opressores e lançariam um escudo para proteger o processo democrático do qual o Zimbabwe tanto precisa”.
Tsvangirai listou quatro exigências que descreveu como o caminho para sair da crise.
- A violência deve parar imediatamente.
- A assistência humanitária deve poder entrar no país
- Todos os membros do Parlamento eleitos a 29 de Março devem ser empossados
- Todos os prisioneiros políticos devem ser libertados, incluindo o Secretário Geral do MDC, que deve ser libertado imediatamente
Entretanto, três membros da troika da SADC estão reunidos num encontro de emergência, que está a decorrer na capital da Swazilândia.
Os três países representados no comité são a Swazilândia, Angola e Tanzânia. Tanto o Presidente Kikwete da Tanzânia como o Rei Mswati da Swazilândia estão a participar nas conversações.
Angola está representada pelo secretário executivo da SADC, Tomás Salomão.
Ilegítimas
Os Estados Unidos não vão reconhecer o resultado da segunda volta das eleições presidenciais no Zimbabué.
Jendayi Frazer, representante do Departamento de Estado disse que Robert Mugabe não podia reivindicar uma vitória credível enquanto membros da oposição estão a ser mortos.
O líder da oposição, Morgan Tsvangirai, retirou-se da corrida eleitoral devido à violência mas Mugabe afirma que a segunda volta vai ter lugar.
Tsvangirai, que se refugiou na embaixada holandesa em Harare, apelou às forças de paz das Nações Unidas para irem para o Zimbabwe.
Ele afirmou que é preciso proteger os apoiantes do MDC até que uma nova eleição possa ter lugar.
Uma rede de observadores eleitorais decidiu que não vai observar a segunda-volta.
Por sua vez, o Presidente Abdoulayé Wade, que discutiu o Zimbabué com Mbeki na terça-feira, disse que esperava que podia haver um acordo de partilha de poder na forma de um governo de transição.
Diplomacia
Por sua vez, o antigo Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, disse que uma solução para o problema era desesperadamente necessária.
"Não se trata de uma questão de um homem nem sequer de uma nação. Afecta toda a região e precisamos de encontrar uma solução e parece que a SADC e a ONU se estão a aproximar na sua posição."
Annan acrescentou que é preciso encontrar uma forma de mediar com eficácia e de aproximar ambas as partes para que se possam reconciliar e assumir um acordo de governação que traga estabilidade, paz e prosperidade.
BBC - 25.06.2008