A DIRECÇÃO Provincial para a Coordenação Ambiental em Nampula, acaba de enviar uma equipa de técnicos do seu sector para o distrito de Angoche, com vista a fazer um estudo detalhado visando apurar as causas que estão a concorrer para o desaparecimento das ilhas de Buzu e Puga-Puga, importantes regiões daquela parcela do pais onde estão em curso acções de conservação de espécies marinhas e aves em risco de extinção, um trabalho levado a cabo pelo Governo e com comparticipação da WWF, organização mundial para a conservação da natureza.
Maputo, Sábado, 26 de Julho de 2008:: Notícias
Segundo apurámos, a equipa vai fazer o levantamento das causas reais que concorrem para o desaparecimento das duas ilhas que fazem parte do arquipélago de Angoche composto por 23 ilhas. A fase seguinte consistirá na elaboração de recomendações ao Governo distrital de Angoche e da província no sentido de travar a progressão do fenómeno que estará por detrás do desaparecimento.
A Ilha de Puga-Puga, importante berço para a multiplicação de espécies marinhas tinha uma área estimada em 12 quilómetros quadrados mas em Abril ultimo concluiu-se que reduziu-se a apenas três quilómetros quadrados, situação que tornou exíguo o espaço para as populações locais desenvolverem as suas actividades de subsistência, entre outras.
Os primeiros estudos levado a cabo pelo Governo de Angoche em relação as causas que poderão estar por detrás do desaparecimento daquelas ilhas onde está em curso um projecto visando a conservação de espécies marinhas e faunísticas com destaque para o dugongo, tartarugas além de gaivotas relacionam a factores atmosféricos que provocam o deslocamento dos solos do monte Parapato com mais de cinquenta metros de altura para as águas oceânicas.
O estudo em referência relaciona ainda o assoreamento que se assiste neste momento ao nível do canal da baía de Angoche, facto que condiciona o livre acesso das embarcações de médio ou grande calado ao porto local, ao fenómeno de deslocamento dos solos do monte Parapato para o interior do oceano Índico.
Devido a essa situação, várias dezenas de famílias que habitavam a Ilha de Buzu, foram transferidas forçosamente para áreas residenciais do bairro de Tamole na cidade de Angoche, pois mostravam-se relutantes a acatar uma medida emanada pelo Governo distrital visando salvaguardar as suas vidas.
A pesca e a comercialização de copra constituíam a principal actividade lucrativa das referidas famílias nas ilhas de Puga-Puga e Buzu, consideradas um encanto pelos turistas que escalaram aquelas parcelas.