- Diz Giorgino Dhima, da Cooperação Suíça em Moçambique, que confirma e justifica a redução do apoio directo ao OE a partir de 2009
Por Ericino de Salema
A não existência de progressos no combate à corrupção e na observância das regras da boa governação no país está a levar alguns dos doadores que prestam apoio directo ao Orçamento do Estado (OE) a reverem as suas estratégias. Os mais cautelosos estão a optar por manter, para 2009, o que deram este ano, enquanto que outros estão a reduzir o seu bolo. Depois da Suécia, agora é a vez da Suíça confirmar a redução do seu apoio ao OE. O SAVANA apurou que, afinal, os doadores escreveram uma carta a Aiúba Cuereneia a 22 de Maio último, comunicando-lhe, de entre outros, da redução do apoio por parte de dois países. É caso para dizer que a procissão ainda nem saiu da igreja…
A Suíça decidiu, efectivamente, em reduzir, a partir do próximo ano, o apoio directo ao OE moçambicano, em virtude de o governo não estar a cumprir com os seus compromissos estabelecidos com os Parceiros de Apoio Programático (PAP), conforme revelou esta quarta-feira ao SAVANA Giorgino Dhima, director residente adjunto da Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC) no país.
“A redução do apoio que prestamos ao OE deriva do facto de não estarmos satisfeitos com o desempenho do governo no domínio da governação, em termos gerais, e do combate à corrupção, muito em particular. Achamos, sinceramente, que o governo não está a cumprir com os seus compromissos”, sublinhou.
Dhima precisou que a referida redução “é simbólica”, pelo que, no lugar dos 8 milhões de francos suíços concedidos este ano, “no próximo vamos desembolsar 7.5 milhões de francos suíços”. A relação entre o franco suíço e o dólar norte-americano é quase de um para um.
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