Ao serviço de GREM - TIMBA
Mais de vinte indivíduos de nacionalidade chinesa, maior parte dos quais, exercendo as funções de motoristas da Grem-Timba, uma empresa de exploração e processamento de madeira, poderão estar a viver ilegalmente no país, segundo suspeitas de alguns trabalhadores que falaram a nossa reportagem.
Os denunciantes disseram que muitos destes chineses vivem em Pebane e Namarata, em Chalaua, respectivamente nas províncias da Zambézia e Nampula, regiões onde a empresa procede ao corte de madeira.
A Grem Timba é apontada como estando a cometer várias irregularidades que se traduzem por violações sistemáticas da lei de trabalho, para além da habitual exploração desenfreada de recursos florestais. Todos os trabalhadores, incluindo os próprios chineses, não têm direito a férias, assistência médica e medicamentosa. Para além de se queixarem dos míseros salários, os estrangeiros dizem que a empresa “confiscou” toda a sua documentação.
Danúbio Gabriel, um dos responsáveis da Grem-Timba, assegurou que todas as irregularidades estão a ser paulatinamente ultrapassadas, em função das orientações deixadas recentemente pela Inspecção do Trabalho. Em relação aos passaportes “confiscados”, Danúbio disse a medida visa preservar a documentação e evitar o abandono do serviço. A nossa fonte sustenta que alguns contratados na China pela empresa, depois de algum tempo abandonam e metem-se em outros negócios.
WAMPHULA FAX - 26.09.2008
NOTA:
Segundo julgo saber só são autorizados estrangeiros a trabalhar em Moçambique se no país não houverem pessoas qualificadas para essas funções. Será que não há motoristas em Moçambique?
Mais, porque não foram dados prazos para a regularização das situações anómalas quando em outras situações? Isto de "as irregularidades estarem a ser paulatinamente ultrapassadas" pode levar anos. Até que a madeira se acabe...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE