Suécia adquire terra em Moçambique
Uma empresa sueca – a Sweden’s Svensk Etanolkemi AB (Sekab) – requereu 100 mil hectares em Cabo Delgado, Norte de Moçambique, para a produção de etanol, num esforço que deverá consumir 300 milhões de dólares no nosso país e na vizinha Tanzânia.
Efectivamente, para além dos 100 mil hectares que a Sweden’s Svensk Etanolkemi AB (Sekab) pretende explorar em Moçambique, igualmente pediu uso e aproveitamente de 300 mil hectares na região tanzaniana de
Bagamoyo, para o mesmo efeito.
Ao que apurámos, a unidade industrial a ser alimentada pela matéria-prima a ser produzida em Cabo Delgado e em Bagamoyo deverá estar instalada nesta última região, no Sul da Tanzânia.
O empreendimento terá a capacidade de produção anual de cerca de 100 mil metros cúbicos de etanol e deverá começar a operar a partir de 2012, devendo o produto ser exportado para alguns países da África Austral e Europa, incluindo Suécia.
Refira-se que o projecto de produção de etanol, em Moçambique, surge como resposta aos apelos do Governo moçambicano para um maior investimento na produção de biocombustiveis, como alternativa à constante subida dos preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional.
A Tanzânia e Moçambique têm uma área combinada correspondente a cerca de quatro vezes à da Suécia e a importação dos combustíveis supera as exportações daqueles dois países-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
De referir que o grupo Sekab é um dos principais produtores europeus de etanol e foi fundado em 1985.
J.Ubisse - CORREIO DA MANHÃ - 29.09.2008