MOÇAMBIQUE poderá situar-se na liderança na produção de mudas de cajueiros em África nos próximos três anos como resultado dos progressos que têm sido realizados com particular enfoque na província de Nampula, que tem, o maior campo de multiplicação e experimentação no país numa região designada Nassuruma.
Maputo, Sábado, 27 de Setembro de 2008:: Notícias
Segundo o titular da pasta da Agricultura, Soares Nhaca, a perspectiva é que o país possa produzir até 2011 pouco mais de dois milhões de mudas de cajueiros, representando um aumento em mais de 1.250.000 plantas.
De acordo com a nossa fonte, a produção actual de mudas situada em perto de 1750000 coloca o nosso país no terceiro lugar em África. A lista dos maiores produtores de mudas é liderada pela Nigéria seguida da Tanzania.
“Esta situação fez com que colocássemos o desafio de o Instituto Nacional do Caju para, num prazo máximo de três anos, colocar Moçambique na liderança da produção de mudas de cajueiro em África. Foi igualmente encorajado o INCAJU para continuar a trabalhar arduamente envolvendo todos os actores e em particular as escolas de fomento da plantação de cajueiros”, disse Nhaca.
A província de Nampula, que contribui com cerca de metade da produção moçambicana de castanha de caju, possui cinco viveiros de mudas, sendo que um dos mais importantes se localiza na região de Nassuruma.
Segundo a nossa fonte, estes níveis de produção colocam outro desafio ao país que é o de fazer reflectir internamente contribuindo para que o mesmo tenha impacto na renovação dos cajueiros.
Estima-se que existam no país pouco mais de 12.4 milhões de árvores, maior parte das quais já envelhecidas e menos produtivas. O tratamento químico dos cajueiros que está a ser levado a cabo pelo Governo permitiu, no entanto, que fosse recuperada a produção interna que na última campanha se situou em 85 mil toneladas registadas.
Tal subida representa um incremento em 10 mil toneladas relativamente à época anterior, em que foram produzidas cerca de 75.000 toneladas.
Caso este ritmo de crescimento se mantiver, segundo a nossa fonte, o país poderá atingir a fasquia das cem mil toneladas dentro do mesmo período de três anos como resultado da contribuição comulativa dos cajueiros tratados e novos plantios.
Entretanto, apenas entre 24 e 25.000 toneladas das cerca de 85.000 produzidas na campanha passada é que foram processadas em Moçambique, contrariando o apelo que tem sido feito pelos industriais do ramo que consideram que a comercialização da castanha deve privilegiar o processamento interno.
Espera-se que Nampula, o maior produtor de castanha, passe a produzir nos próximos anos perto de 60 mil toneladas contra as actuais 40.000 toneladas.