A opinião de: Manuel de Araújo *
Temos vindo a assistir com alguma preocupação a militarização da nossa polícia. Desde 1977, que a nossa polícia, que por alguma razão não se chama exército, tem estado a ser tomada de assalto por militares.
Se nos primórdios da independência nacional, quando esta área era dirigida pelo actual Chefe de Estado, na sua qualidade de Ministro da Administração Interna, esta tendência poderia ter alguma explicação, exiguidade de quadros e a necessidade de "afectar" combatentes da luta armada, pensamos nós que nos dias que correm já não se justifica.
Em 1992, com a Assinatura dos Acordos de Paz entre o governo e a então guerrilha, a Renamo, assistimos com alguma estupefacção e perante o olhar cúmplice da sociedade civil e da comunidade internacional a um segundo ciclo da militarização da nossa polícia. Porque os Acordos de Roma previam a partilha do comando quer no exército, quer na marinha quer na força áerea, o regime decidiu colocar estrategicamente vários militares na polícia, transformando a nossa polícia num verdadeiro exército camuflado.
Precavendo-se assim para o que desse e viesse.
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