Cerca de 400 trabalhadores da Companhia Industrial da Matola (CIM) paralisaram a produção. Os operários exigem melhores salários e mais condições de trabalho.
Cerca de 400 trabalhadores da Companhia Industrial da Matola (CIM), em Moçambique, entraram em greve segunda-feira (29), com paralisação da produção. Os operários exigem melhores salários e mais condições de trabalho.
Segundo informa o jornal Notícias, de Maputo, na sua edição de terça-feira (30), "o porta-voz dos amotinados, que não se quis identificar receando represálias, disse que as reclamações da massa laboral já são antigas, mas, porque a sua solução foi sendo protelada, nunca se chegou à situação de greve".
“Os salários que auferimos aqui são de miséria e não compensam o esforço feito. Por exemplo, o salário mínimo parte dos 2.100 meticais e a possibilidade de vir a ter algum acréscimo só acontece em função de amiguismo”.
“Praticamente todos os sectores ficaram paralisados, porque os que garantem a produção estão cá fora. Falamos da produção de massas, bolachas, ração animal, ensaque, silos e manutenção, embora uma parte ínfima tenha traído o grosso, entrando para os seus postos”, explicaram os grevistas.
Ao fim da tarde de segunda-feira, a CIM viveu momentos de tensão com agitação dos grevistas, enfrentados por um forte contingente policial e forças de empresas de segurança privada.
AFRICA21 - 30.09.2008