Os 4 réus todos
simples funcionários do GGA, estão a ajudar o Tribunal a produzir
tantas provas de desvio de fundos e de arroz ofertado pelo Japão, que
já no segundo dia de julgamento uma fonte judicial assegurou ao Téla
Nón que para o esclarecimento definitivo do caso, o colectivo de juízes
terá que intimar os ex-ministros e ex-primeiros ministros que geriam
directamente os fundos do extinto gabinete de gestão da ajuda externa.
Há casos de ex-ministros e primeiros ministros que terão desviado 3 mil
sacos de arroz, vários milhões de dobras desviados para reabilitação de
residências e roças privadas, uma teia de corrupção sem precedentes na
história do país.
O Tribunal da Primeira Instância, já não tem dúvidas de que está a julgar o maior escândalo financeiro e de corrupção da história do país. Um escândalo que foi alimentado durante vários anos pelo arroz ofertado pelo Japão, e que alegadamente atinge de forma transversal todo o poder instituído em São Tomé e Príncipe a partir de 1993.
No segundo dia de julgamento o Tribunal ouviu o responsável pelo caixa do extinto GGA. Para além das declarações de Aurélio Aguiar, que comprovou o desvio de muito dinheiro para fins particulares, o seu defensor oficioso, Lucrécio da Graça, realçou o escândalo de 3 mil sacos de arroz desviados do GGA, para um armazém privado. «Temos aqui um caso de 3000 sacos de arroz que foram parar a um armazém, de acordo a ordens que se recebeu do ministro da altura. Desses sacos ainda não se fez constar no caixa o pagamento. Mais tarde veio-se saber que os 3 mil sacos foram parar ao armazém dos Irmãos Monteiro. E depois veio-se saber que esse arroz não era para ser vendido nem para o dono do armazém mas para o Ministro que determinou a operação. Era o senhor engenheiro Júlio Silva o ministro da altura», explicou o defensor oficioso.
Leia tudo em:
NOTA:
Pobre África e Viva a Libertação!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE