A EMPRESA Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) vai receber, na
próxima semana, os primeiros dois aviões “Bombardier Q400”, cada um com mais de
70 lugares. Trata-se da materialização do compromisso assumido pela
empresa de renovar toda a sua frota, doméstica e regional, com vista ao
aumento das frequências de voos dentro do território moçambicano e para
Angola, Quénia e África do Sul.
Maputo, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2008
Em declarações esta semana à
jornalistas, em Maputo, o presidente do conselho de administração da LAM, José
Viegas, disse que em Julho e Agosto de 2009, a sua empresa irá receber dois aviões a jacto "Embraer 190"
“A renovação da frota não é um
sonho. Os aviões já estão em Joanesburgo (África do Sul) e em princípio,
no dia 10 de Dezembro corrente os “Bombardier Q400” estarão aqui em Moçambique,
altura em que pensamos que teremos um primeiro inaugural e estarão já na linha
de promoção a partir do dia 20 em diante”, disse José Viegas.
A LAM explora uma frota de
aeronaves composta por quatro aviões a jacto e dois turbo-hélice. Dos aviões
que fazem parte da frota quatro são da marca Boeing 737 - 200, dois
dos quais oferecem doze (12) lugares em Classe Executiva e noventa e seis (96) em classe económica
Para além destas aeronaves, a LAM
explora através da sua subsidiária e feeder, a MEX-Mozambique Express, dois (2)
JetStream 41 que são aviões turbo-hélice modernos e pressurizados com capacidade
para vinte e nove (29) passageiros em classe económica. Estes aviões operam
voos regionais (até Joanesburgo e Durban) e voos domésticos incluindo alguns
destinos turísticos, como é o caso de Vilanculos e Inhambane.
José Viega, disse que até ao final
de 2009 três dos actuais “Boeing” serão retirados da frota, e o último
(quarto) em 2010.
“A substituição completa estará
concluída em 2010"
A fonte, realçou ainda que a sua
empresa está a materializar um plano que prevê um investimento, nos próximos
três anos, de 100 milhões de dólares norte-americanos.
INVESTIR EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
“O investimento em frota não basta, estamos também a investir nas tecnologias de informação que é o suporte de venda dos lugares de avião. Como sabe, estes são investimentos caros que têm que ser rentabilizados. Estamos a investir muito no “Bilhete Electrónico”. No dia 27 de Janeiro próximo, começaremos em princípio a vender os bilhetes pela Internet e por cartão de crédito, então, estamos a facilitar a vida ao cliente e esse é o nosso objectivo. Pretendemos aumentar a nossa receita de vendas e ocupar melhor os lugares dos aviões”, disse José Viegas.
O presidente do conselho de
administração da LAM, disse que “o que precipitou estes investimentos foi
a crise do petróleo e aquilo que se chama hoje de elevados níveis de
poluição que os actuais aviões levam para a atmosfera”.
“São dois factores determinantes
que nos levaram a acelerar o projecto de investimento e isto é uma realidade em
África e em todo o mundo, em que aviões de geração muito antiga hoje têm os
dias praticamente contados e estarão limitados a voar sobre determinados
aeroportos congestionados, porque as suas tecnologias não oferecem um ambiente
amigo e também pelos elevados custos operacionais por causa dos elevados
consumos de combustível”, disse José Viegas.
Relativamente ao impacto da
actual crise financeira internacional na LAM, José Viegas disse ser um fenómeno
cujo efeito ainda não se faz sentir na sua empresa.
“O fluxo de tráfego mantém-se
estável. É verdade que estamos agora numa época alta, por isso estamos na
expectativa para ver o que é que vai acontecer, mas para nós ainda é uma incógnita”.
A LAM foi recentemente considerada
a melhor Companhia Aérea Africana do ano, de âmbito regional, pela AFRAA -
Associação Africana das companhias aéreas. O reconhecimento da AFRAA
deve-se ao facto desta associação, que congrega a generalidade das companhias
aéreas filiadas a IATA - Associação Internacional dos Transportadores Aéreos,
considerar notáveis as realizações da companhia aérea nacional, em prol do
desenvolvimento da indústria de aviação civil em África, em particular devido
ao elevado grau de eficiência na prestação dos serviços de transporte aéreo no
que se refere aos padrões de segurança, pontualidade e qualidade dos serviços
oferecidos aos seus clientes.