A CIRCULAÇÃO de pessoas e bens na baia de Inhambane já está a ser feita em condições aceitáveis de segurança como resultado da conclusão das obras de reabilitação das pontes-cais das cidades de Inhambane e Maxixe, levadas a cabo com o financiamento do Governo e do Banco Mundial.
As duas infra-estruturas de acostagem de embarcações que nos últimos anos punham em risco a vida dos utentes foram fim-da-semana reinauguradas pelo Governador de Inhambane, Itae Meque, pondo fim às precárias condições de travessia a que estavam sujeitas cerca de três mil pessoas que diariamente cruzam a baia.
As obras executadas pela empresa Teixeira Duarte, num período de doze meses, consistiram na remodelação das plataformas das pontes-cais, reabilitação dos pilares, construção das salas de embarque em ambos os lados, bem como na colocação de iluminação.
Para conferir maior segurança para a atracagem de embarcações de passageiros, foram montados acessórios nas duas novas estruturas que permitem acostagem de mais de uma embarcação.
O governador, que presidiu a cerimónia da reinauguração das pontes, cuja construção data de há mais de duas centenas de anos, disse que o esforço do Executivo visa promover o bem-estar da população, razão pela qual tudo é feito e idealizado para disponibilizar melhores condições de segurança na travessia da baia de Inhambane.
Para completar a comodidade que se pretende, tal como anunciou Itae Meque, a província poderá receber nos próximos dias duas embarcações de passageiros com grande capacidade, situação que poderá reduzir cada vez mais o perigo que se vive nas pequenas jangadas que diariamente estabelecem ligação das duas cidades.
“O nosso objectivo não termina aqui, estamos a trabalhar para ligar as duas cidades através de uma ponte e os contactos para o efeito estão numa fase bastante avançada com os nossos parceiros”, disse o governador, referindo-se aos contactos já realizados com empresários chineses que inclusive visitaram o objecto da obra e calculam em pouco mais de cinquenta milhões de dólares a construção da ponte na baia de Inhambane.
Operam naquela baia cerca de oitenta embarcações de transporte de pessoas e bens, sendo trinta a motor e vinte a vela. A degradação das pontes, inviabilizou por algum período a atracagem de grandes navios de carga bem como de pesca, embarcações que poderão voltar a escalar a cidade de Inhambane.
Todavia, tal como disseram os utilizadores, restabelecida a segurança no que diz respeito às condições de acostagem, pede-se prudência e disciplina aos transportadores, devendo obedecer rigorosamente a lotação das embarcações, mau cenário que neste momento se vive na baia, levando a que muitos passageiros viagem sob tensão. Os utentes das embarcações de passageiros acusam fiscais da administração escalados nos fins da semana no cais da Maxixe em colaborar com marinheiros para exceder a lotação pondo em perigo os passageiros.
Paralelamente a esta actividade, segundo explicou o governador de Inhambane, na cerimónia da entrega oficial das duas infra-estruturas de cabotagem, foi reabilitada a marginal da cidade de Inhambane, acção levada a cabo pelo Município de Inhambane que tinha como objectivo travar a erosão que ameaçava a cidade com constantes perfurações pelas águas do mar da muralha que protege a capital provincial.
- Victorino Xavier