O contrato de concessão da exploração das minas de grafite de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, deverá ser assinado até ao final do corrente ano segundo anunciou a ministra dos recursos minerais de Moçambique, Esperança Bias, citada hoje pelo Notícias.
A ministra disse que até ao final do primeiro trimestre do próximo ano podem já começar os trabalhos no terreno.
O empreendimento, que chegou a ser considerado na década 90, como o maior projecto mineiro em Moçambique, encerrou em 1999 em consequência da queda de preços e do aumento dos custos de produção.
“Se tudo correr conforme, provavelmente até ao final do ano teremos o contrato para a exploração da grafite assinado e, uma vez concluído o acordo esperamos que a partir do primeiro trimestre do próximo ano comecem acções concretas no terreno”, disse Esperança Bias.
O concurso de concessão de grafite de Ancuabe foi ganho pela EIMCOL, uma empresa ligada à IMERYS, de origem canadiana.
Empregando 270 trabalhadores e com uma produção de 700 toneladas/mês exportadas para 10 países da Europa e América Latina, a grafite de Ancuabe foi considerada como sendo a mais pura do mundo com 99 por cento de carbono.
A grafite é usada fundamentalmente na indústria química, incluindo a produção de lápis, bem como na indústria farmacêutica.
(macauhub) - 15.12.2008