Um total de 455 mil postos de trabalho deverá surgir até 2015 em Moçambique, com a entrada do país no lote dos produtores de biocombustíveis no mundo.
Esta estimativa é da responsabilidade do Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD), que explica que os postos estão paulatinamente sendo criados, basicamente para trabalhos de abertura de campos e plantio de cana sacarina para o fabrico de etanol para abastecer os mercados interno e internacional.
Segundo aquele pelouro dirigido por Aiuba Cuereneia , os biocombustíveis poderão contribuir anualmente com 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e no crescimento em 2,4% do sector da Agricultura, em Moçambique.
“Apesar do cepticismo de alguns sectores da sociedade, os biocombustíveis continuam uma aposta válida para fazerem face à constante oscilação de preço dos combustíveis fósseis no mercado mundial”- enfatiza o documento do Ministério de Planificação e Desenvolvimento em poder do Correio da manhã.
Refira-se, entretanto, que as fábricas de açúcar de Xinavane, na província de Maputo, e de Mafambisse, em Sofala, projectam produzir, em 2009, etanol e bagaço para geração de energia eléctrica para o consumo interno.
O referido plano está a ser financiado pela União Europeia (UE) no valor de 562 mil euros, tendo já produzido, na anterior campanha de 2007, cerca de 300 mil toneladas de açúcar e 85.700 toneladas de melaço para os mercados doméstico e externo.
(J. Ubisse) - CORREIO DA MANHÃ - 12.12.2008