DIRECTOR DA ORDEM E SEGURANÇA DA PRM ALVEJADO POR DESCONHECIDOS
-Embora haja algumas presunções, não se sabe ao certo o que terá motivado o assassinato de Feliciano Juvane. A verdade é que ele morre poucos dias depois de o DN ter avançado que seria uma das pessoas a serem expurgadas do seio da PRM, a pretexto de estar conluiado com o crime organizado, aventando-se, por exemplo, a possibilidade de ter havido sua “generosidade” na recente fuga de Anibalzinho e companhia, daí, se apontar um rime para lhe calar a boca`` As opiniões divergem sobre a morte de Feliciano Juvane, que em vida também foi superintendente principal da polícia. O certo é que, de acordo com informantes deste jornal, há-de, no entanto, ser longa e intricada a investigação para se chegar aos verdadeiros assassinos do antigo director da Ordem e Segurança. As fontes dizem que Juvane, conotado como um dos aliados do crime organizado, havia, antes de ser assassinado, falado telefonicamente com Samito - o que fugira com Anibalzinho, este último conhecido como o mecânico do Alto Maé. Porém, não se sabe ao certo qual foi o teor da conversa. Apenas há especulações pois dentro da PRM muitos são os que asseguram que Juvane pode ter sido “generoso” para a fuga dos três meliantes, designadamente Anibalzinho, Samito e Todinho - todos cadastrados perigosos com um currículo invejável nos meandros criminais. Das possibilidades levantadas, a que parece mais lúcida é a seguinte: Juvane era realmente conluiado com o crime organizado. Porém, sabendo de que a sua vida e dos outros oficiais da corporação estava a ser devassada pela polícia, decidiu não fazer mais parte do sub mundo do crime. Sustentam ainda as nossas fontes que o telefonema de Samito pedia que Juvane facilitasse, como sempre, algumas manobras criminais perigosas da quadrilha. Terá sido, no entanto, a sua teimosia que o levou à viagem eterna. Morreu assassinado por pessoas “desconhecidas”, bem no quintal da sua casa, à altura que as armas dos bandidos cuspiram cerca de dez balas. Outras vozes referem que Juvane desde a Cidade da Beira estivera sobre o fogo cruzado no seio da corporação, porquanto, ele sempre foi visto como alguém que sempre esteve na berlinda das desconfianças. A polícia, na voz do seu comandante geral adjunto, Jorge Kalau, prefere dizer que os criminosos, ao perpetrarem aquele acto macabro, declararam guerra. Já o porta-voz do comando geral da PRM, Pedro Cossa, não encontra explicação para aquele assassinato hediondo. Como sempre: “a polícia está a investigar”, garantiu ele. Recorde-se que há dias o DN publicou uma notícia dando conta que Feliciano Juvane e outros graúdos da polícia estavam prestes a ser expurgados da corporação por suspeita das suas ligações com o crime organizado; e mais ainda: com a recente fuga do líder do esquadrão que assassinou bárbara e cobardemente Carlos Cardoso, jornalista e editor do defunto jornal. DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 18.12.2008