— defende jornalista Joseph Hanlon
Por Armando Nenane
A estratégia de encorajamento do investimento externo seguida por Moçambique não responde ao objectivo da erradicação da pobreza absoluta no país. Isto é, no essencial, o que defendeu, semana passada, o jornalista britânico Joseph Hanlon, falando num encontro promovido pelo Fórum Social Moçambicano.
Joseph Hanlon, que abordava algumas das principais ideias do seu último livro intitulado “Há mais bicicletas em Moçambique – Mas há desenvolvimento?”, defendeu a necessidade de haver uma intervenção directa do Estado no mercado, através de subsídios e créditos directos, assim como através do desenvolvimento de capacidades de negócios no seio dos produtores.
“Chegou o momento de Moçambique parar de pedir investimentos estrangeiros”, sugeriu Hanlon.
Nas últimas duas décadas, Moçambique optou por uma via em que o Estado assumiu a posição de fazer “apenas algumas coisas”, acreditando que, sem precisar de intervir no mercado, o sector privado iria surgir naturalmente. Mas, segundo Hanlon, o mercado não vai acontecer por si.
“Moçambique tem que compreender que as suas estratégias de desenvolvimento não estão a funcionar”, defendeu.
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