O Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe lançou o mais forte ataque até ao momento contra os seus críticos em África e no exterior do continente em resposta aos apelos para que se retire do poder.
Falando num congresso do ZANU-PF no governo, Mugabe disse que não seria intimidado e que “jamais se renderá”.
Segundo disse o Zimbabué era “seu” e os seus oponentes esperariam em vão para ver o colapso do seu regime.
Nas primeiras horas de hoje, o Presidente Robert Mugabe disse que os líderes africanos não eram suficientemente corajosos para forçar a sua retirada do poder.
Ameaça
O líder da oposição zimbabueana, Morgan Tsvangirai anunciou que o seu partido abandonaria as negociações para a partilha do poder caso continuasse a onda de raptos aos apoiantes da oposição.
Tsvangirai disse que caso os membros detidos do seu Movimento para a Mudança Democrática não fossem libertados até 1 de Janeiro, pediria a suspensão de todos as negociações com o ZANU-PF do Presidente Robert Mugabe.
Segundo acrescentou mais de 40 membros do MDC teriam sido capturados.
Um correspondente da BBC na África do Sul disse que a acção representava uma significativa mudança de posição de Tsvangirai que se demonstrava empenhado nas negociações, apesar de algumas reservas.
Situação crítica
Entretanto o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown disse que a situação no Zimbabué estava a deteriorar de uma forma considerável.
Numa conferência de imprensa em Londres Brown referiu que os métodos obsoletos usados para o tratamento da cólera que já matou a mais de 12 mil pessoas não traziam esperança ao sofrimento das populações.
Ele apelou os governos da África Austral a trabalharem com vários outros para garantir o mais rapidamente possível o auxílio humanitário necessário para o Zimbabué.
BBC - 19.12.2008