- terça-feira, Custódio Pinto disse ao SAVANA que os assassinatos mostram o desespero dos criminosos e afiançava não se demitir
- 24 horas depois era substituído por Jorge Khalau, até agora seu adjunto
Por Raul Senda
A última vaga de assassinatos indica que está em alta o ajuste de contas na corporação policial e parece confirmar o vaticínio de algumas altas patentes, sobre a possibilidade dos sectores gangterizados capturarem o Estado. As últimas ocorrências evidenciam cumplicidades há muito identificadas na gestão da PRM com os generais oficialmente nomeados. Em mais uma acção para tentar arrumar a casa da manutenção da Lei e Ordem públicas, quarta-feira, Armando Guebuza exonerou Custódio Pinto do cargo de Comandante Geral da Polícia e, em despacho separado, nomeou Jorge Henrique Khalau, como seu substituto.
Terça-feira, Feliciano Juvane, director da Ordem e Segurança Pública no Comando da cidade de Maputo, foi assassinado por indivíduos ainda a monte. As causas, essas estão por desvendar.
A particularidade desta ocorrência prende-se com o facto de a vítima ser uma alta patente da PRM. Em outros casos, os criminosos visavam simples agentes, nalguns casos guardas estagiários.
Juvane foi assassinado a sensivelmente mil metros do Comando da PRM na capital, tendo sido imobilizado por cerca de 10 tiros de AKM. Isso defronte da sua residência que, por motivos desconhecidos, não estava guarnecida.
Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da Polícia, contou à imprensa que tudo aconteceu quando o finado regressava do seu local de trabalho. Mas foi exactamente quando a vítima estava a parquear a sua viatura na garagem do seu quintal que foi surpreendido por fogo vindo de dois indivíduos que minutos antes desocuparam a viatura ligeira na qual se faziam transportar.
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