TRÊS horas antes de a CNE vir a público anunciar oficialmente o resultado final das terceiras eleições autárquicas realizadas nas 43 cidades e vilas municipais do país e que deram vitória à Frelimo e aos seus concorrentes em 41 autarquias, sabido que na Beira a vitória coube ao candidato do Grupo e Reflexão e Mudanças (GRM), Daviz Simango, enquanto que em Nacala-Porto, na província de Nampula, haverá uma segunda volta no pleito, o deputado da bancada parlamentar da Renamo-União Eleitoral, Luís Boavida, veio adensar os receios de tumultos que poderão ser protagonizados por alguns sectores radicais da Renamo, encabeçados por antigos guerrilheiros do ex-movimento rebelde.
Maputo, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2008
NotíciasEstas ameaças não podem ser encaradas de ânimo leve e nem surgem por acaso. São ameaças com um enquadramento e muito bem contextualizadas.
Na semana passada, recordo, o líder do maior partido da oposição deu instruções aos seus antigos oficiais da guerrilha para liderarem manifestações violentas nos municípios de Montepuez e Mocímboa da Praia, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Angoche e Monapo e outros onde o seu partido foi derrotado no pleito de 19 de Novembro, alegando fraude no escrutínio.
Vinte e quatro horas após Dhlakama ter dado tais instruções, homens armados ainda não identificados e que se supõe integrem efectivos residuais da Renamo ainda não desarmados, atacaram, na zona entre Ndoro, no distrito de Caia e Nhamapandza, em Gorongosa, província de Sofala, um mini-autocarro de transporte de passageiros, proveniente da Zambézia e com destino a Chimoio, em Manica, tendo ferido quatro pessoas, duas das quais com gravidade.
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