OS portos sul-africanos estão a perder a sua quota do mercado a favor do Porto de Maputo, que é considerado mais barato e menos burocrático.
Segundo Andrew Sturrock, Director executivo da Sturrock Shipping, uma das maiores empresas privadas de transporte marítimo da África Austral e Oriental, o volume de mercadorias processado no Porto de Maputo tem vindo a subir consideravelmente, particularmente no que respeita a mercadoria contentorizada, carvão, sucata para exportação e derivados de açúcar produzidos na Suazilândia.
A fonte considera que o Porto de Maputo melhorou a sua prestação, particularmente depois de passar para a gestão da Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), em 2003. Trata-se do consórcio constituído pelas empresas Grindrod International Ltd e o grupo Dubai Ports World, bem como pelo Governo moçambicano.
“Toda a gente sabe que quando um negocio está sob gestão privada o nível da burocracia reduz e as decisões são melhoradas e tomadas com maior rapidez”, disse Sturrock, citado pela agência de notícias MACAUHUB.
Contudo, outros empresários sul-africanos não concordam com a opinião do Director da empresa Sturrock Shipping.
Dave Rennie, Director Executivo da Grindrod Freight Services, uma empresa vocacionada à prestação de serviço de frete, considera o Porto de Maputo como um simples complemento dos portos sul-africanos e parte da rede que serve toda a região austral.
“Eu não o descreveria como um concorrente directo dos portos sul-africanos”, disse Rennie, para quem o porto moçambicano está melhor localizado para servir a parte interior da região e tem comunicação rodoviária e ferroviária com a África do Sul, Zimbabwe e Suazilândia.
- AIM