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Na sexta-feira passada, uma empresa de construção começou a vedar as infra-estruturas de modo a iniciar-se com as obras de redimensionamento do “Scala”, naquilo que é uma vitória do povo que desde sempre defendeu a manutenção da Pastelaria Scala.
A pequena alteração está a ser feita pelo Grupo Cannon Impex que adquiriu as infra-estruturas das mãos de Sadik Omar, antigo proprietário e gestor da Pastelaria Scala.
Tal põe fim a um imbróglio que se arrasta desde 2001, quando o antigo proprietário do “Scala” solicitou, sem sucesso, à Direcção da Indústria e Comércio da Cidade de Maputo o cancelamento da licença por motivo de falência.
Na sua justificação, as autoridades recordavam que a Pastelaria Scala está situada na zona de protecção histórica e arquitectónica classificada nos termos da Lei número 10/88, de 22 de Dezembro, que determina que os imóveis localizados encontram-se forçosamente protegidos pelo mesmo instrumento legal.
Ademais, desde sempre, a Pastelaria Scala foi um local de referência e que serviu de ponto de convívio e de debates intelectuais sobre a vida da cidade e do país. Várias personalidades encontram ali um espaço tranquilo para a troca de impressões de vária ordem, o que não pode ser apagado nos termos apresentados por Sadik Omar.
É por isso que em respeito a estes factos, a Direcção da Indústria e Comércio da Cidade de Maputo sentiu-se obrigada a colher sensibilidades dos cidadãos em quase todos os bairros da cidade de Maputo.De acordo com o director do Turismo da Cidade de Maputo, David Cângua, as novas alterações estão a ser feitas dentro das normas e por forma a respeitar os interesses do Governo e dos cidadãos que sempre defenderam a manutenção da Pastelaria Scala.
“Nós aceitamos a proposta de redimensionamento do “Scala” porque não contraria aquilo que sempre defendemos”, explicou Cângua, quando abordado pelo “Notícias”.
Na zona, a nossa Reportagem dialogou com alguns dos trabalhadores contratados para vedar a infra-estrutura. Embora sem detalhar, eles afirmaram que estão criadas as condições para se trabalhar de modo a trazer uma boa imagem ao “Scala”.
Os marginais já não têm mais espaço ali, o que é motivo de satisfação de cidadãos e dos que trabalham nas proximidades.