Governação conjunta do município da Beira
Simango: diálogo sim, negociações não
Por R. Senda e A. Nenane
Fotos de Naíta Ussene
O candidato independente e vencedor das últimas eleições autárquicas na cidade da Beira, Daviz Simango, de visita à capital, disse ao nosso jornal que haverá espaço para diálogo na futura administração municipal. Simango negou falar em negociações referindo que se negoceia onde há problemas e este não é o caso. Disse ainda que as últimas declarações de Afonso Dhlakama e Manuel Pereira sobre a sua pessoa não passam duma forma que estes encontraram para digerir a estrondosa derrota que sofreram. E foi dizendo que não tem intenção de formar um partido político.
É do conhecimento de Daviz Simango que muita gente está a prever um futuro choque entre ele como presidente e a assembleia municipal, pelo facto de os membros desde órgão legislativo serem de partidos adversários.
Sobre isso Daviz Simango respondeu-nos que: “é preciso entender que na cidade da Beira nenhum partido ou movimento cívico conseguiu a maioria, por isso os partidos e os grupos que estão na assembleia municipal, para fazer passar algo, terão que se juntar. Ninguém tem 50 por cento, ou seja, ninguém ganhou na Beira”.
Disse que é provável que eles não estejam do lado dele, mas é uma certeza que quererão ver os interesses dos munícipes da Beira salvaguardados.
“O que nós vamos fazer é criar uma equipa colectiva onde todos teremos que trabalhar para a nossa equipa crescer e penso que o bom senso vai prevalecer”, enalteceu.
Daviz que não vê necessidade de negociar, porque não se fala de problemas. “Negoceia-se quando há problemas e neste caso não há problemas”, frisou.
Simango negou que tenha solicitado um encontro com o ministro da Administração Estatal, Lucas Chomera, para concertar as modalidades de administração da cidade da Beira já que não conta com o apoio dos partidos que estão na assembleia municipal.
Leia em: