A CRISE zimbabweana está a intensificar-se. A inflação é incalculavelmente alta. O Banco Central limita – até ao insuportável – a quantidade de dinheiro que os zimbabweanos podem retirar das suas contas bancárias, diariamente. Os soldados desarmados amotinam-se, com as suas armas guardadas “a sete chaves”, para evitar levantamentos armados. O pessoal médico não se apresenta aos seus postos de trabalho. Os serviços de abastecimento de água têm falta de produtos químicos necessários para o tratamento da água para o consumo humano. A cólera, facilmente evitável e curável em circunstâncias normais, tem se alastrado de forma acelerada, chegando o Governo a declarar um estado de emergência humanitária.
Maputo, Terça-Feira, 30 de Dezembro de 2008Notícias
No Ocidente, figuras políticas ligadas aos governos pedem ao presidente Robert Mugabe que se demita e entregue o poder ao líder da facção maioritária do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai. Isto significa que a crise vincula-se directamente a Mugabe e a solução a Tsvangirai, mas nunca foi dito o que Mugabe teria feito para provocar a mesma crise, nem como a ascensão de Tsvangirai à presidência faria desaparecer o problema.
A cadeia de eventos que levaram à crise pode ser apresentada da seguinte maneira:
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