TUNGUIASE”, uma doença causada por uma pulga denominada “tunga- penetras”, que ataca mais a planta dos pés e vulgarmente conhecida por “matequenha”, continua a apoquentar muitos bairros da capital provincial de Sofala, Beira. O Executivo local acredita que a opção por tratamento caseiro pode estar na origem da propagação. Com o efeito, deixa um alerta: “matequenha” mata quando não tratado devidamente”.
Chipangara, Chingussura, Macurungo, Praia Nova e Matacuane são alguns, dentre vários, os bairros da segunda maior cidade do nosso país onde há registo da doença que já levou muitos concidadãos ao internamento no Hospital Central da Beira (HCB) devido à gravidade da enfermidade.
Em conferência de Imprensa realizada há dias, a representante do Estado na cidade da Beira, Cremilda Sabino reconheceu que a situação está a ganhar contornos alarmantes pelo facto de muitas vítimas tentar matar a pulga através de métodos não científicos e, por conseguinte, se dirigirem às unidades sanitárias enquanto a endemia já estiver num estado bastante avançado.
“Fizemos uma ronda pelo menos na zona de Chipangara onde fomos ver que a situação é crítica. Há pessoas que não conseguem pisar com firmeza a terra porque os dedos dos seus pés estão cheios de “matequenha”. Isto é grave. As pessoas têm que tomar a peito isso porque “matequenha” pode muito bem matar quando não for tratada devidamente. Então, em caso de suspeita que se dirija ao posto de saúde mais próxima”- alertou Sabino.
A representante do Estado na cidade da Beira explicou que a pulga Tunga Penetras aparece mais em tempo de floração de mangueiras e sobretudo quando há escassez de chuvas.
“Nas zonas onde há registo da doença, as pessoas têm que proteger os pés, evitar chinelos abertos. Porque quando a pulga estiver enraizada vai-se alastrando para outras partes do corpo, como é o caso de cotovelos tornozelo ou outras partes mais sensíveis”- referiu.
Sendo assim, Sabino disse ainda que brigadas do subsector da Saúde da Comunidade da Beira estão a trabalhar em todas as zonas daquela cidade, sobretudo as mais vulneráveis à endemia, com o objectivo de sensibilizar as populações sobre o perigo da enfermidade, bem como cuidados a tomar para evitar a propagação da mesma.
- EDUARDO SIXPENCE