
A região mais atingida continua a ser a capital, Harare, com 224 mortos para 9072 casos diagnosticados, seguida da cidade de Beitbridge, na fronteira com a África do Sul, onde a epidemia matou 99 pessoas (3546 casos diagnosticados).
As agências humanitárias da ONU, que consideram que a epidemia não tem precedentes no Zimbabwe, insistem o tempo todo que o seu balanço reflecte apenas parte da situação e que, com certeza, o número de enfermos e mortos é muito superior.
No pior cenário possível, até 60 mil pessoas estão ameaçadas de contrair a doença, segundo a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), as duas organizações que coordenam as acções da ONU contra a epidemia.
Desde Agosto, a doença, infecção causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria “vibrio cholerae (vibrião colérico)”, não pára de alastrar e as organizações internacionais têm tido dificuldade em dar resposta às necessidades crescentes da população.
A epidemia poderá ainda piorar com a chegada da época das chuvas, num país onde as infra-estruturas de distribuição de água potável e de esgotos se encontram num estado deplorável.