O principal impacto da epidemia de cólera passou dos centros urbanos para as zonas rurais, tornando o seu controla ainda mais difícil, afirmou a agência humanitária, Médicos Sem Fronteiras, MSF.
A estação das chuvas pode fazer aumentar o número de casos, com a contaminação de fotes de água, dizem trabalhaores de auxílio. O colapso do sitema de saúde no Zimbabwe é também um dos factores wue fez espalhar o surto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde mais de 2700 pessoas já morreram em consequência da epidemia, com o número de infectados a atingir os 50 mil.
Mais de cinco milhões de zimbabweanos estão a passar por uma garve carência alimentar e dependem inteiramente do auxílio internacional.
Por ouro lado as várias ONG's que intervêm para fazer frente às várias crises queixam-se de interferências nas suas operações humanitárias no terreno, por parte do partido ZANU-PF, no poder.
Pressões
Estes dados são divulgados numa altura em que a organização para a defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch apelou aos líderes africanos para que durante a Cimeira da União Africana da próxima semana, na Etiópia, exerçam uma pressão política concertada sobre o Presidente Robert Mugabe para pôr fim à crise no seu país.
Durante uma visita a um centro de tratamento de cólera, próximo da capital zimbabweana, Harare, esta quinta-feira, o líder da oposição, Morgan Tsvangirai disse que a epidemia constituía um fardo adicional ao sofrimento prolongado dos zimbabueanos.
" Tenho a certeza que todos assistem à deterioração da situação sanitária no Zimbabwe. Estou certo que o surto de cólera torna a situação mais evidente."
Tsvangirai disse que o MDC estava determinado a intervir num governo que dê um novo rumo as instituições e a sociedade.
"O sistema de educação e a saúde estão a entrar em colapso. As indústrias fecharam as portas, a situação alimentar apresenta-se em estado crítico. Estamos a par de todas estas coisas e faremos de tudo o que pudermos para garantir que, uma vez mais, possamos assumir de forma responsável a resolução destes problemas a bem da nação e das pessoas."
Depois do fracasso das conversações para resolver o impasse político zimbabweano, a capital sul-africana, Pretória voltará, na próxima segunda-feira, a ser o palco das negociações para formação de um governo de unidade nacional.
Será a quarta ronda de alto nível, em menos de um ano. Segundo a Human Rights Watch os líderes regionais estão ignorar de forma repetitiva as violações dos direitos humanos ao não tomarem medidas mais sérias para pôr fim ao sofrimento dos zimbabweanos.
BBC - 23.01.2009