“EU, Barack Hussein Obama, juro solenemente que cumprirei fielmente as funções de Presidente dos Estados Unidos e farei o melhor que estiver ao meu alcance para preservar, proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos”. Com a mão sobre a mesma Bíblia usada por Abraham Lincoln na tomada de posse, em 1861, Barack Obama tornou-se ontem oficialmente o 44º Presidente dos EUA. Aos 47 anos, o democrata é o primeiro negro a assumir a liderança dos EUA, num momento em que o país atravessa uma grave crise económica e continua enredado em duas guerras.
Maputo, Quarta-Feira, 21 de Janeiro de 2009:: Notícias
Além dos convidados, cerca de dois milhões de pessoas assistiram à cerimónia em Washington concentradas no Mall, um grande parque de três quilómetros que se estende aos pés do Capitólio norte-americano. Sendo um dos mais novos presidentes dos EUA, Obama chega à Casa Branca com um forte apoio popular e uma projecção internacional sem precedentes, depois de uma campanha eleitoral mobilizadora, assente na palavra “mudança” e na reconquista do “sonho americano”. Mas pela frente, terá aquela que é já considerada a maior crise económica internacional desde a Grande Depressão, traduzida já numa economia em recessão e com uma elevada taxa de desemprego e na situação de pré-falência de grandes grupos económicos. A guerra do Iraque, que o democrata se comprometeu a terminar no prazo de 16 meses, será outra dor de cabeça, já que a prometida retirada militar só será possível com uma passagem de testemunho sem mácula para as novas autoridades iraquianas. Obama comprometeu-se também a vencer a guerra no Afeganistão, enviando mais reforços para combater os rebeldes taliban e os seus aliados da Al-Qaeda. Na véspera da tomada de posse, Obama voltou a lançar um apelo à unidade do povo norte-americano, superando as diferenças raciais e económicas, as divergências ideológicas e religiosas.